A discussão do concelho resume-se ao espaço urbano.
As escolas que se vão fazendo podem a todo o momento ficar sem alunos, pela perda continuada de novos empregos, sem os quais não há fixação de casais novos. No limite, sem qualquer má vontade contra a UTIA verifico que ninguém consegue negar a evidência de a médio/longo prazo, acabar a UTIA na Solano de Abreu.
O que foi dado observar do resumo da reunião Ordinária da Assembleia Municipal comprova a razão do desastre do poder local autárquico em Abrantes.
Mesmo aqueles que não gostam do que eu critico, não conseguem encontrar explicação capaz, que demonstre a "excelência" do desempenho autárquico, quando ao fim de tantos milhões de contos e de euros "investidos" no espaço municipal, o concelho não consegue escapar à ameaça do definhamento e da morte lenta.
A oligarquia que tem tomado conta do "poder local" converge para o desempenho medíocre, deitando mão ao discurso laudatório. No resumo das intervenções na Assembleia Municipal desde logo, ressalta a omissão ao espaço municipal de 713 km2. Ninguém conseguiu ir para lá do espaço urbano e citadino.
A única voz do mundo rural, veio do neófito autarca (PS) de Alvega, mas acabou a elogiar o "esforço do executivo" em ter ido "discutir" a revisão do PDM às sedes de freguesia, quando na verdade, nada se discutiu em profundidade.
Esta postura reverencial nega a cidadania. O importante foi sonegado. E o importante era saber até que ponto essa revisão estimula o repovoamento do concelho e favorece a qualidade de vida das populações. Nada se comprovou quanto a isso. O que aí vem é mais do mesmo, com a certeza de mais dez anos dessa revisão a correr atrás do engano.
O encerramento miserável do Mercado Diário, deu azo a várias propostas, a agradecimentos e mais elogios. Como se gastando mais dinheiro fora do Mercado encerrado nos redimisse da incompetência de dezenas de anos em ver afundar-se aquele espaço.
Toda a discussão na Assembleia ignorou as potencialidades do concelho.
Lamentavelmente, meia dúzia de tretas e uma maioria de votos "fidelizados" bastaram para que tudo continue no definhamento. A oligarquia de uns funcionários administrativos e profissões liberais têm disposto do poder local à medida do seu corporativismo afunilado. O concelho é, para o bem e para o mal, o espaço urbano das cinco freguesias mais próximas da cidade. Ninguém fale mais no concelho das 19 freguesias.
Paradoxalmente, a cumplicidade dos autarcas das juntas de freguesia fazem antever a rendição ao "monopólio partidário da cor rosa", visando quebrar as últimas resistências ao desastre municipal.
É tudo uma questão de tempo. Este modelo está em agonia, e caminha para a morte lenta.
De que vale falar-se em melhores escolas, se ninguém acredita que se possam manter mais casais jovens com novos empregos no concelho?
Por este andar, a UTIA ainda vai acabar na remodelada Escola Dr. Solano de Abreu!
E nesse dia, a propaganda oficiosa de tão calcinada entre o compadrio rosáceo, não deixará de continuar a elogiar o impensável. A crise que está radicada entre nós irá fazer-nos bater no fundo. E só a partir daí, é que a verdade nos irá fazer perceber todo o reino da intrujice que foi vigorando.
E nesse dia, a propaganda oficiosa de tão calcinada entre o compadrio rosáceo, não deixará de continuar a elogiar o impensável. A crise que está radicada entre nós irá fazer-nos bater no fundo. E só a partir daí, é que a verdade nos irá fazer perceber todo o reino da intrujice que foi vigorando.