De uma leitura fácil e que prende o leitor conscencioso. Começa com uma dedicatória que resumiria assim:
«Homenagem a ERNÂNI LOPES, um Homem íntegro e corajoso que tanta falta nos faz, neste "deserto" em que nos encontramos»
Medina Carreira reune as despesas do Estado nestas duas categorias:
"PESSOAL" - todos os pagamentos à máquina administrativa e dos funcionários;
"PRESTAÇÕES SOCIAIS" - o tal "Estado Social" que os políticos do aparelho partidário tanto defendem, porque não há outra forma de manterem as clientelas atreladas.
O "PESSOAL" vale hoje 700 mil funcionários espalhados por tudo quanto se diz público ou de parceria público/privado;
Em 1980, eram apenas 450 mil!
"PRESTAÇÕES SOCIAIS" pagavam em 1980 a 1.780.000 pensionistas e hoje (dados de 2010) os pensionistas já totalizam 3.500.000 pessoas.
E o dilema é este, segundo Medina Carreira:
Em 1995, esse "PESSOAL" e essas " Prestações Sociais" absorviam 80 % da receita fiscal do país;
Em 2010, esses pagamentos já absorviam 96 % da pesada Receita Fiscal, a maior da Europa dos 27, em termos comparativos com o rendimento médio (fraco) dos portugueses.
Não admira que na última década tenhamos estado a pedir emprestado uma média de 12 MIL MILHÕES de Euros ao ano, para "sustentar" este país. A partir de 2012, como irá ser, uma vez agravada a dívida e o crescente de juros, como irá ser?!
NOTA: Quando alguém quiser falar de Autárquicas 2013, que ao menos uma crescente força mobilizadora de Direita se lembre num assomo de DIGNIDADE, de perguntar a esses candidatos que se vão perfilando por Abrantes, se ao menos já leram e perceberam o alcance do livro de Medina Carreira. Exactamente : " O Fim da Ilusão".
Só a sua leitura e interiorização do seu conteúdo iria fazer corar de vergonha muitos desses candidatos, que pensam que os tempos correm de feição a "filósofos" de "olho vivo" apostados na promessa do "bacalhau a pataco"...
E que o país poderá subsistir, amarrado a empecilhos burocráticos, que só fazem aumentar em pareceres e custas de ineficiência, o nosso sofrimento.
O país não se soube apetrechar das ferramentas necessárias para se desenvolver. E nos postos de comando, só lá tem estado imbecis, que nos comem e consomem...
