4.291 - O Prof. Humberto Lopes nunca me enganou

Humberto Lopes nos idos de 2003 escreveu uma "carta à Directora" do "Nova Aliança" apontando que o "Sr. João Baptista Pico não estava a dizer a verdade". Foi uma afirmação tola e gratuita, porque o dito professor contestava o facto de eu ter dito que em 9 de Outubro de 1976, que o Prof. Humberto Lopes foi um dos três militantes do PSD que estiveram numa reunião na sede da Junta de Freguesia do Souto, a colher nomes para fazerem uma lista para a candidatura do PSD a essa junta.

Os outros dois foram Daniel António e o cabeça de lista à Câmara pelo PSD nesse ano José da Graça Vieira.
Nem quero agora comentar mais sobre esse seu "desígnio democrata" de ter ido ao Souto, onde provavelmente nunca fora antes, preparar e ajudar a escolher quem é que os soutenses haviam de propor para candidatos à Junta do Souto. Eu recusei participar nessa lista, por pudor. Não cometi erro nenhum. Nem me penitencio por isso. Foi aí que comecei a arranjar "inimigos" no PSD...

A "alegada" falta de verdade de que o dito me acusava, assentava no facto de só se ter inscrito militante em 1977, segundo afirmava. Ele não desmentiu o facto de lá ter estado naquela reunião. Ele só quis caluniar-me, ao dizer gratuitamente isto:

- " O Sr. João Baptista Pico não estava a dizer a verdade".

Ao falar no Prof. Humberto Lopes que foi vereador e presidente de Câmara pelo PSD recordo a propósito que tempos antes, o Dr. Eurico Consciência assegurava que no meu relato da sua presença com Jorge Lacão no Souto, em 1976, o advogado dizia textualmente isto:

- " A afirmação do Sr. João Baptista Pico corresponde à verdade".

Facto que me levou a agradecer e a ironizar que era o único autarca em Abrantes que obtivera um "certificado" de verdadeiro, do conhecido jurista.

Falei no Prof. Humberto Lopes pelo que ele escreveu hoje na "ABARCA".

Ele vem dizendo que sabendo que errou, já não irá errar mais. Presunção a sua!
Ele errou muitas vezes e continua agora a errar ao dizer que se sente incomodado por ter pertencido ao partido que está no governo [ o PSD].
Diz ele que o que "o fez arrepiar caminho foi ter visto o compadrio, a política do interesse partidário, quando não o do interesse pessoal," etc,etc...

Vamos ser claros e honestos, Prof. Humberto Lopes:

- Quando Nelson de Carvalho fazia o que hoje todos ficámos a saber, o Prof. Humberto dizia de mim que "eu faltava à verdade", sabendo que eu era um dos poucos que enfrentavam a mentira de Nelson de Carvalho, de quem só dizia mais ou menos bem, nunca o criticando abertamente;

-  Quando o Prof. Humberto se permitia estar ao lado de Alves Jana e do locutor Jerónimo a fazer largos comentários na Antena Livre do Grupo Lena, e em alguns desses programas a comentar depreciativa e caluniosamente as minhas intervenções e os meus escritos, nunca lhe ocorreu questionar o sentido de "compadrios" e de "interesses pessoais", pois não?

-  Quando o Prof. Humberto Lopes "apadrinhou" na "Comissão de Honra de 2009" a vereadora, sexta na lista do PS em 2005, e candidata a cabeça de lista à Câmara nesse ano de 2009, será que não sabia o significado de "compadrio", nem de coisas que se assemelhassem a tal ou a pior?

Li a observação que fez ao ministro que foi de mota e acabou com um dos carros mais caros comprados por um secretário de Estado de Sócrates, que até podia ter sido o Jorge Lacão, que apoiou igualmente na "dita Comissão de Honra em 2009". Eu li essa sua observação, e não deixo de lhe lembrar que o vi em 1976, a chegar ao Souto, Prof. Humberto Lopes, num VW carocha. E veja bem, uns anos depois de sair de presidente da Câmara e de se reformar da política e do professorado, lembro-me muito bem, de o ter visto, Prof. Lopes, a conduzir um modelo topo de gama da Citroen ou da Peugeot...
Um Santo Natal e um Bom Ano Novo para si, Professor...

PS: Nunca gostei de Pilatos!