Quando há dias me insurgia contra a precipitação tola dos vereadores do PSD ao exigirem a execução imediata das obras realizadas pela RPP Solar, na Herdade dos Curtidos, não sabia ainda dessa nova lei anunciada pelo ministro Álvaro Santos Pereira, na entevista à SIC.
Trata-se de uma regra de falências inspirada na legislação norte-americana ( já valeu a pena ter ido buscar o ministro à Universidade do Canadá...) que tem conseguido travar as falências em 10 % das empresas ao contrário da "maldição" caseira que só tem conseguido recuperar 1%, com a obsoleta legislação portuguesa, toda ela preconceituosa e madrasta para com os empresários portugueses. A mentalidade dos nossos burocrátas fá-los ter sempre uma enorme desconfiança com aqueles que se esforçam em criar empregos e ainda se prestram a pagar os impostos para sustento dos funcionários públicos, muitos deles, sornas e corruptos.
À RPP Solar poderá ainda sobrar uma réstea de esperança na salvação. Não tendo nunca aplaudido essa iniciativa, que sempre me mereceu muitas reservas, não soiu daqueles que lhe querem mal. Oxalá, que desse certo, para bem do concelho.
Logo, não posso consentir que certos mestres-escola arvorados em autarcas de meia-tijela se lancem contra essa empresa, sem cuidarem de acautelar o interesse municipal. E o interesse municipal não está em pedir mais subsídios para uma rádio ou um jornal do amigo, mas sim em deixar as portas abertas a qualquer opcção que o poder central ainda possa vir a tomar, para não deixar desaparecer tantas infra-estruturas industriais em fase de pré-instalação, ente a Concavada e o Pego.
Há gente tão estúpida e tão cega, que nem com uma candeia acessa em pleno dia, consegue discernir sobre esta matéria, tão básica e tão elementar.
Como é que essa gente conseguiu alcandorar-se nos lugares democráticos do Poder Local?
Decididamente, este sistema do chamado Poder Local está caduco. Só pode ser!