O Engº José Diogo Albuquerque, aqui ainda usava gravata, nasceu no Reino Unido em 1972, no ano em que eu entrava para a recruta, precisamente em Santarém.
Ouviu-o ontem. Tem algumas ideias de como as coisas se fazem lá fora, pois passou vários anos em entidades ligadas à CE, apesar de ter tirado o curso de engenharia agrária, em Portugal. Pertenceu à Confederação dos Agricultores.
Frisou a necessidade de só ser possível transformar a política agrícola, desde que os agricultores se agrupem em associações agrícolas. E logo de seguida apontou a "desconformidade" entre uma Espanha com apenas duas associações de produtores de tomate e o nosso país com dezassete associações, só nesse mesmo sector.
Que fazer?
Aí é que tudo pode descambar em insucesso na política agrícola.
Alguém muito agarrado às directivas europeístas ( leia-se: Bruxelas tutelada por gente como Durão Barroso) pode acabar muito mal e sem tempo para fazer coisa alguma, enredando-se em lutas e questiúnculas sem retorno.
Qualquer pressão ministerial no sentido de fundir as 17 associações será tempo perdido. Há dezassete presidentes associativos do sector produtor do tomate desejosos de continuarem agarrados ao poder, como há 11 presidentes no Médio Tejo, agarrados às chefias municipais.
Resta ao ministério da Agricultura exigir - e pode-o fazer, por que tem a faca e o queijo na mão ( subsídios e isenções para distribuir) - a união, não das associações mas dos cadernos reivindicativos do sector.
Agora, o que pressenti, é que se quer acabar com o nome PRODER, talvez na manhosa ideia de alguns quadros associativos do sector agrícola, de que acabando com o PRODER - tout court - se possa avançar com minis-proderzinhos.
Faz lembrar aqueles "inimigos da barragem de Almourol, de que o bom, bom era fazermos quatro mini-hídricas... Quatro charcas a cortar a navegabilidade de um leito sem entraves em cerca de mais de 50 kms, de Belver, a Abrantes, a Constância, Barquinha ou Tomar...
NOTA: Os "carvalhos da silva" dos tais pecaminosos "direitos adquiridos estão em todo o lado. Até no CDS-PP. Querem do Estado mais isto e mais aquilo, para bem da sua associaçãozinha. Nunca ponderando se a puxando a brasa à sua sardinha, não poderão estar a prejudicar demasiado as sardinhas dos vizinhos.
Eu fiquei a saber que no CDS-PP há uma nova tendência "liberal" . Mas quando se fala em cortar as vasas ao Continente e ao Pingo Doce, duas entidades muito liberais, não é que os ditos liberais acrescentam, que também são progressistas e vai de aplaudir o ataque aos Belmiros e Soares dos Santos.
Se for essa a politica do ministério da Agricultura vamos mal. Não se pode andar por aí a "atacar" empresas de sucesso, só porque têm dois portugueses de bom nível empresarial , ao mesmo tempo que se entregam ao Estado chinês empresas como a EDP ou a REN.
E aí está o gato escondido com o rabo de fora. Os liberais progressistas, não são mais do que apaniguados do "carvalho da silva sindical", dos "direitos adquiridos" que ninguém mais irá poder pagar para alguns. Esquerdalhos compulsivos. Até no CDS-PP?
Ou Dr. Paulo Portas, cuidado...!!!