Um Comando de Protecção Civil pluri-municipal( com os sete concelhos das margens da albufeira e ainda uma ligação directa ao Comando Nacional sediado em Lisboa-Alto de Carnaxide). Afinal, tudo o que Castelo de Bode merece, e tem direito.
A defesa da Albufeira tem que estar centralizada em redor do açude do Castelo de Bode. Nunca no cabeço de Abrantes ou de Santarém, como se o Vale do Sorraia merecesse um tratamento de protecção semelhante ao Vale do Zêzere.
Da Wikipedia pode-se recolher estes dados:
«A barragem de Castelo do Bode é uma das mais importantes barragens portuguesas. Faz parte do conjunto de barragens da bacia do rio Zêzere, em Portugal, tendo a montante a barragem da Bouçã. Situa-se nos limites dos concelhos de Tomar e Abrantes no distrito de Santarém. É uma das mais altas construções de Portugal.
A barragem de Castelo de Bode é utilizada para abastecimento de água, designadamente a Lisboa, produção de energia eléctrica, defesa contras as cheia e actividades recreativas. É utilizada pelos adeptos de desportos como o windsurf, vela, remo, motonáutica e jet ski, bem como da pesca desportiva (truta, achigã, enguias e lagostim vermelho).
A construção da barragem iniciou-se em 1945 e foi dada por terminada em 1951, sob a direcção do projectista eng. A. Coyne. A empresa construtora foi Moniz da Maia & Vaz Guedes.
A barragem é de betão, por gravidade, mas com curvatura. A altura máxima acima da fundação é de 115 metros. A cota do coroamento é de 124,3 m, e o comprimento do coroamento é de 402 m. As fundações são de gneisse e micaxisto. A barragem tem um volume total de betão 430 000 m³.
A albufeira localiza-se numa área de precipitação média anual de 1200 mm. O caudal integral médio anual é de 2 352 000 000 m³. O caudal de cheia milenar é de 4 750 m³/s. O nível de pleno armazenamento (NPA) é de 121,00 m, e o nível de máxima cheia (NMC) de 122,00 m. A área da albufeira ao nível de pleno armazenamento é de 32 910 000 m². A capacidade total é 1 095 000 000 m³, mas a sua capacidade útil é só de 900 500 000 m³.(...) »
Então e o mais importante?!
Tratando-se de um dos maiores lagos artificiais da Europa, que foi transformado na fonte de abastecimento de água da capital de um dos 27 Estados membros da CE, estranha-se que nada se diga sobre o Plano de Defesa da dita albufeira.
Desde logo, da Defesa Militar, já que estamos perante uma barragem com peculiar importância estratégica e cuja defesa importa assegurar. Pouca gente parece entender a verdadeira dimensão da catástrofe se abateria sobre Lisboa, caso a mesma fosse alvo de algum atentado ou sabotagem.
Depois a Defesa Ambiental, quando se sabe que na extensão das suas margens ribeirinhas ( para uma extensão de cerca de 70 km, temos cerca de 150 kms de margens ribeirinhas) existem milhares de hectares de floresta.
Porque razão o comando operacional de Protecção Civil dessa vasta área está sediado em Santarém, como se fosse mais importante socorrer o Vale do Sorraia, do que a albufeira do Castelo de Bode?!
Porque razão não existe um Corpo de Bombeiros no Castelo de Bode, com delegações espalhadas pelas margens ribeirinhas nesses sete concelhos?