Em Memória de grandes quadros dirigentes da Concelhia do CDS de Abrantes, ao lado de quem eu tive a honra de ter trabalhado e aprendido muito sobre a vida, e sobre a vivência no concelho de Abrantes, não posso deixar passar em claro este atentado ao "BOM NOME do CDS de ABRANTES" feito por quem mais não fez do que escarnecer sobre o seu passado. O CDS em Abrantes tem passado construído com sacrifícios da própria vida de muitos dos seus dirigentes, como eu próprio testemunhei, desde Abril de 1975.
Capitão Carlos Trovão, Dr. Jorge Moura Neves Fernandes (ainda vivos) e entre os falecidos, Dr. Manuel Macedo (Mesquitela), Ernesto Estrada, José Dias Mariano, Délio Madaíl e Fernando Taborda muito fizeram pelo CDS concelhio, com risco das próprias vidas como eu pude testemunhar a seu lado, desde Abril de 1975.
O Dr. Jorge Tavares que eu convidei para a lista da Assembleia Municipal de 2009, e acabou por substituir como deputado municipal a Drª Matilde Lino Neto, tinha a obrigação de instruir os seus colegas da actual direcção concelhia sobre a incongruência das suas palavras. A Concelhia CDS não começou agora, no recanto acolhedor e tranquilo do Hotel de Abrantes. A concelhia do CDS nasceu sob as ameaças ferozes de toda a esquerda e extrema esquerda de 1974/75.
Em Abril de 1976, o primeiro nome sonante do CDS a visitar Abrantes, no Largo 1º de Maio só podia ter sido o do General Galvão de Melo, o que diz bem das dificuldades da afirmação do CDS, quando das traseiras da garagem dos Claras/Rodoviária, dezenas de energúmenos gritavam impropérios contra as poucas dezenas de militantes e simpatizantes do CDS.
Não obstante, passados tantos anos e tantas experiências, como é que foi possível termos que assistir à mais fraca mostra de candidatura autárquica?
Ali não havia uma ponta de ligação à cultura CDS. Nada nos identificou com o concelho de Abrantes. Problemas associados à vida da população foi coisa que nem se aflorou. Havia apenas um ânsia de protagonismo pacóvio. Mau prenúncio.
Portanto, é uma grosseira incongruência e uma acintosa falta de respeito vir alguém, - investido num lugar de topo da direcção concelhia do CDS, numa estrutura concelhia com 38 anos de passado histórico, construído com sangue suor e lágrimas - gabar-se, de que nunca até hoje apoiou a nível local ou nacional, uma única lista do CDS.
Ali não havia uma ponta de ligação à cultura CDS. Nada nos identificou com o concelho de Abrantes. Problemas associados à vida da população foi coisa que nem se aflorou. Havia apenas um ânsia de protagonismo pacóvio. Mau prenúncio.
Portanto, é uma grosseira incongruência e uma acintosa falta de respeito vir alguém, - investido num lugar de topo da direcção concelhia do CDS, numa estrutura concelhia com 38 anos de passado histórico, construído com sangue suor e lágrimas - gabar-se, de que nunca até hoje apoiou a nível local ou nacional, uma única lista do CDS.
A primeira coisa digna a realizar era retratar-se publicamente e abandonar a Mesa da Assembleia de Militantes da concelhia CDS, e a vice-presidência da Mesa Distrital. Sejamos sinceros, pessoas destas ao não saberem respeitar a História do CDS, pouco poderão dar ao CDS e a quantos sob essa bandeira serviram e servem o seu concelho.
Porém, as incongruências foram mais que muitas, nesses dois desastrados discursos proferidos pelo presidente da Mesa e pelo presidente da direcção concelhia, na apresentação do candidato CDS à Câmara Municipal de Abrantes.
Desde logo, assentou numa irregularidade estatutária e de contornos democráticos pouco claros, porque a alegada Assembleia de Militantes de 15 de Dezembro não tinha na Ordem de Trabalhos a eleição ou nomeação de um candidato à Câmara.
E virem agora dizer (como o disse o presidente concelhio e presidente distrital, onde não se percebeu em que qualidade esteve a discursar...), de que o candidato surgiu dessa Assembleia de Militantes, quando no blog da Concelhia CDS nunca mais foi escrito qualquer post, entre 12 de Dezembro e 8 e Fevereiro, véspera da apresentação do candidato. Só o quinzenário ABARCA publicou uma nota, uns dias antes. Esta informação foi sonegada aos mais de 300 militantes.
Já agora, quantos votos obteve essa escolha do candidato?
Os 126 que elegeram a direcção votaram todos?
Os 25 dirigentes concelhios participaram na escolha do nome desse candidato?
Porque razão, nem metade dos dirigentes concelhios estiveram presentes nesse jantar?
E quamtos deles foram à Assembleia de Militantes de 15 de Dezembro, se para o jantar de Natal que ocorreu num restaurante de Rio de Moinhos com uma lotação de apenas 80 lugares, e ainda assim, não terá ficado cheio? É que só 25 eram os dirigentes concelhios. Se lhe juntássemos as famílias, as companheiras e os companheiros dos filhos, já que estávamos a falar de um jantar de Natal num partido democrata-cristão, então os 80 lugares não chegavam,só para o corpo dirigente, quanto mais para os 300 militantes ou mesmo apenas, para os 126 votantes de Maio último.
É óbvio de mais, que algo de errado se passa numa estrutura que alega ter mais de 300 militantes, e obteve 126 votos há menos de um ano, quando prepara um jantar de Natal para os seus militantes e escolhe uma sala com apenas 80 lugares disponíveis.
A propósito, a factura desse jantar inclui quantos comensais? Presumo que houve factura?!
Porque razão, a escolha do candidato não foi anunciada e bem publicitada, logo a partir de 15 de Dezembro, com uns meses de antecedência em relação ao de jantar de apresentação?
ERA ISTO QUE ACONTECEU SEMPRE na vida do CDS. O candidato era anunciado meses antes de haver um jantar, e sempre com o presidente do Partido e as televisões atrás. Foi assim em 2005 e em 2009.
ERA ISTO QUE ACONTECEU SEMPRE na vida do CDS. O candidato era anunciado meses antes de haver um jantar, e sempre com o presidente do Partido e as televisões atrás. Foi assim em 2005 e em 2009.
Porque razão só se sabe quem é o cabeça de lista à Assembleia Municipal, e não é conhecido outro nome para a lista da Câmara, senão o último dessa lista, mas que se congratulou em ficar nessa mesma posição derradeira, mostrando com alarde e em tom desprezível que "escolhia" ou "fazia questão" de ir nessa posição, para provar que tinha mais que fazer, do que se candidatar pelo CDS. Quem é agora o bom quadro que aceita ir na lista tão desvalorizada, depois desta arrogante afirmação?
PASME-SE!
Com que moral pode esse candidato convidar outras pessoas ou ser um bom exemplo para os demais candidatos? A arrogância deste candidato, que tem muito mais que fazer, do que querer servir o seu concelho, como alardeou com insensatez, não pode trazer qualquer mais valia à candidatura.
Ainda por cima, quando antes com ar pesaroso parecia lamentar o abandono a que Abrantes havia sido votada. Ora, tamanha incongruência a dele, quando chamava a si próprio, a condição de réu, na própria queixa condenatória, que ele próprio fingia subscrever. Se alguém sempre abandonou a actividade cívica da sua cidade e quem por ela lutou foi ele próprio. Gabou-se, com desfaçatez, por nunca ter emprestado o nome ou o apoio ao CDS!
Com efeito, pergunto:
- Poderá haver maior abandono para com o concelho, do que aquele protagonizado irresponsavelmente pelo dirigente concelhio de há seis meses atrás, que sendo professor e jurista com escritório na cidade, só depois dos 50 anos de idade é que aceitou participar ou apoiar uma lista do partido a que diz sempre ter pertencido, pesem todas as incongruentes reticências já denunciadas atrás?
Finalmente, a suprema falácia incongruente, de quem fazendo alarde como uma ideia que dizia trazer do Canadá, na novidade de ir estabelecer com o eleitorado, uma espécie de contrato promessa com os eleitores, desconhecendo grosseiramente, que na campanha do CDS de 2005, João Pico e José Agostinho à frente de outros nomes de candidatos do CDS à Câmara de Abrantes já o haviam feito. Sim em 2005, o CDS apresentava um Contrato Promessa com os eleitores.
E como quem continuasse a falar para analfabetos, ainda tiveram a desfaçatez de noutra falácia inconguente tentarem trazer consigo, nesta candidatura, mais uma originalidade, que seria a escolha de bons quadros para a composição das listas municipais.
PASME-SE!
Os três nomes já conhecidos, como bons quadros que julgam ser, ou se assumem como tal, já provaram o cúmulo da falácia incongruente. É que não basta falar de bons quadros, para os ter. É preciso saber e experiência de vida, para poder procurar os bons quadros, sendo certo que essa condição de bom quadro, não é só por si razão de sucesso garantido no futuro da autarquia. Muito menos quando se quer resumir a bom quadro a exibição de uma qualquer licenciatura. Ser licenciado não basta. O que não faltam são licenciados nos quadros municipais. E no entanto, a autarquia não prima pelos melhores desempenhos.
Há outras questões mais importantes do que escolher licenciados amigos entre si, que é ter capacidades de liderança e de visão estratégica para poder erguer um concelho com 40 mil habitantes residentes e outros tantos 40 mil filhos da terra ou a ela ligada por laços de parentesco e outras afinidades.
Reconheça-se, que milhares de jovens portugueses cumpriram o seu serviço militar no Quartel de Abrantes e na vizinha Santa Margarida. Aqui está uma bandeira de charme, muito esquecida por quem fala em valores autárquicos e se queixa do abandono de Abrantes.
