Porque comungo da mesma opinião que o autor do célebre livro "Cultura", que já vai na 14ª edição no nosso país, ele próprio professor catedrático, e que a páginas 28 e 29 proferiu qualquer coisa como o que passo a citar de memória, de que os professores sofrem de alguma deformação profissional, pela visão que têm do mundo, muitas vezes circunscritas à dimensão acanhada e de raciocínio imberbe, fruto do convívio exaustivo com os seus alunos adolescentes.
Curiosamente, a minha crítica para com os professores já era anterior à leitura desse livro, que o adquiri há anos, ainda estava em 3ª edição.
Perante esta visão limitada das coisas, não pode deixar de existir um notório prejuízo para com os municípes, que viram as suas expectativas de melhoria de vida capturadas por autarcas sem a necessária capacidade de intervenção, coerente e sábia. Quando muito, a sua visão respeita ao ensino, sendo certo que os indicadores quanto ao desempenho pedagógico nos tem colocado muito mal, ( por regra nos últimos lugares, com o México ou a Turquia) nomeadamente junto de avaliadores internacionais credíveis, como é o caso da OCDE.
Outra consequência trágica para o concelho de Abrantes está no baixar da fasquia, quanto a critérios e perfis a selecionar nos candidatos a autarcas. As figuras de terceira escolha acabam por serem catapultadas para a ribalta das manchetes partidárias, porque o rigor das escolhas caíu no ridículo. De mandato para mandato, por regra, os novos candidatos são sempre piores do que os seus antecessorers. Isto é trágico. Chega a ser uma maldição.
Haja decoro!