Desde logo, para outro autarca também eleito pelo PS, neste caso em Sintra, o Dr. Basílio Horta perceber que está a enveredar por um caminho errado, ao querer instalar parquímetros numa boa dúzia de ruas do centro da cidade de Queluz.
Percebia-se e aceitava-se como um bem necessário, a instalação de parquímetros num troço central que englobasse a Rua Elias Garcia e todo o espaço das cabeças das transversais, desde o Jardim Conde Almeida Araújo ao cruzamento dos Quatro Caminhos, até à Estação da CP, lado sul. Porque nessa área o comércio poderia receber clientes em maior rotatividade, se as taxas horárias de parqueamento fossem baixas. Se essas taxas não forem moderadas, toda a gente com o carro nas mãos prewferirá subir ao Continente da Amadora ou ao Centro Comercial de Alfragide, percorrendo mais 2 kms no primeiro caso e 4 kms no outro. O estacionamento grátis e em abundância que por lá encontra - a maior parte estacionamento coberto - é um aspecto bastante acolhedor.
Porém, do lado norte da Estação da CP, onde está a Repartição de Finanças e o Registo Civil, as traseiras destes serviços públicos têm bastantes espaços perdidos - alguns com áreas alcatroadas, mas sem iluminação e sem uma única ligação directa à Avª Miguel Bombarda que é a via onde se situal aqueles serviços. Nas traseiras dessa Avª Miguel Bombarda há umas duas ou três centenas de lugares de estacionamento sem uma clara delimitação e enquadramento digno de tal, à espera de acessos e vigilância condignos.
A argumentação de que os residentes terão o seu espaço gratuito, para o 1º e quiçá para o segundo e terceiro carro é uma grande falácia. Note-se, que há ruas com 500 fogos e lugares para estacionamento que apenas podem albergar 200 veículos, quando muito. Se falarmos em 2º e 3º carro por fogo, nem vale a pena prosseguir nesse logro.
Imaginando um rácio nessas ruas, de metade de lugares para parquímetros e metade para residentes, desde logo, os moradores saem a perder 50% do que vinham usufruindo.
Acresce, que com os seus cartões de residentes, só lhes resta o espaço gratuito desde que seja mesmo na sua própria rua da residência. Já se viu, que esse espaço passa a metade do é hoje.
Depois, se quiser procurar lugar livre na rua debaixo ou na rua de cima, - como faz agora, num momento de mais aperto - essa gratuitidade desaparece, porque o cartão de residente só permite que estacione na sua própria rua. Na rua vizinha é como se fosse um estranho: um freguês de outra terrra, um estrangeiro!
Posto isto, estou cada vez mais rendido à sopa de pedra...!!!
Dizem que a Empresa municipal de parques de estacionamentos não quer receber a concorrência desse alargamento, ciosa do aluguer debaixo do viaduto dos comboios, cuja exploração vem gerindo, de modo bastante ineficiente.