Os portugueses andavam mal habituados, quanto ao desprendimento com que olhavam para a situação do país.
Da mesma maneira, o governo com a arrogância e sobranceria, próprios de uns pobretanas, com dinheiro no bolso, emprestado pela troika, - bem patentes na postura submissa ao Sr. ministro das Finanças alemão - falharam na abordagem às reivindicações gregas, vindas da frente bloquista deles.
O BE "investiu" nos gregos e colheu dividendos, como bons seareiros que foram. Essa colheita foi "tolerada" meses a fio pelos "latifundiários" do governo PSD/CDS, que fingiam não ver o joio que crescia no meio da sua própria seara.
A Direita e o resto do país, que tem memória da Fonte Luminosa de 1975 foram apanhados com as calças na mão...! Porque desta vez, o PS deixava de ter o mesmo Soares jovem e combativo de 1975, que não embarcara dentro de portas, com o Serra das "intentas" e quejandos do "ex-MES". Lembrem-se, que agora temos o Soares que "embandeirou" no Nóvoa, onde está Sampaiao (ex-MES) e Eanes ( ex-PRD).
O Soares nada disse e até consentiu, com a complacência dos seus 90 anos, que um "Serra & Costa" fizesse umas "intentas" de forma abjecta, como o fez com o "derrube" do Seguro. E o país - todo! - olhou, riu-se e continuou a assobiar para o lado. Era coisa de socialistas: era deixá-los lá com isso, e que se lixe o Tozé Seguro!
Afinal, todos nós é que ficámos mais "Tozés", do que o dito.
O que o Costa está a fazer com os portugueses, já o fizera com o Tozé Seguro.
E agora é o país que fica refém dos "Libertadores Seguristas", que vão estar entre os 85 deputados socialistas, para daqui a uns meses abandonarem a votação de uma moção de censura da Direita ao governo esquerdalho, em número superior a 12 ou 13 lugares deixados vagos ou com essa dúzia de deputados do PS, a votarem na abstenção, deixando cair o governo frentista da esquerda ao PS.
Nessa altura vai ser preciso a CE entrar de uma forma menos desajeitada, do que a sobranceria perpetuada em 2011/2013. Porque em 2016, já terão aprendido a lição. E oxalá, que nessa altura, já esteja em Belém, não uma "Rosinha de Belém", ou o "amigo do Costa" com o emblema do PSD da Invicta, mas um bom analista politico, com 40 anos de comentários aos erros alheios e uma tese doutoral, contra a velha e relha teoria do "Bom Aluno" , tão preferida por certos provincianos deslumbrados com a via Láctea do vai-vém Bruxelas-Estrasburgo, e que foram consentindo nesta democracia onde PCP e BE, já haviam conquistado o primeiro dos seus quintos, que agora irão usar, num "empréstimo usurário" para o falido político, chamado António Costa.