A fraca cultura aritmética de alguns leva-os a fazer contas de somas, sem atenderem aos sinais negativos dessas transposições para as realidades algébricas. Na equação dos 38,55 % de votos da Coligação há coerência política e programática.
Na equação dos 50,87% , não há coerência política nem doutrinária, e há sinais contrários que se anulam reciprocamente, entre si, dando um resultado final de Zero!
Quando a Constituição estabelece que a eleição do PR assenta na necessidade do eleito recolher 50 % + 1 dos votos, e já não segue essa mesma aritmética para o gverno e as legisativas, é porque acharam os constitucionalistas que o governo tenderá a atender a outras realidades diferentes da soma aritmética.
Nunca os números de votos aferiram bons governos. Estes só existem, quando assentam na coerência dos princípios doutrinários e no sentido da responsabilidade. Antonio Costa deu passos a mais, revelando demasiada apetência pelo cargo de 1º ministro, não conseguindo esconder a pressa que tinha em estancar a corrida dos que no seu partido esperam pelo Congresso do PS e a demissão do actual secretário geral.