« Há lá um povo ( Lusitanos) que não governa nem se deixa governar...»
Joaquim Aguiar escreveu em artigo :
«O caminho do fim
Joaquim Aguiar | 22 Fevereiro 2016, 21:25
Quem escolhe um campo de possibilidades imaginário, só para não ter de reconhecer que o campo de possibilidades real não lhe permite realizar as propostas que anuncia, não governa.
A FRASE...
"Se PS, BE e PCP querem que isto resulte, têm mesmo de estar juntos no Governo. (…) Se a coisa correr bem, ganham todos. Mas se o gelado derreter, tudo se misturará numa mistela indiferenciada. Correrá mal a todos e por muito tempo."
Daniel Oliveira, Expresso, 20 de Fevereiro de 2016
A ANÁLISE...
Ocupar o lugar do poder não é o mesmo que exercer o poder. Para governar, é preciso conhecer o campo de possibilidades e a dotação de recursos, ter um projecto e identificar o alvo, a finalidade, que se quer atingir.
Quem escolhe um campo de possibilidades imaginário, só para não ter de reconhecer que o campo de possibilidades real não lhe permite realizar as propostas que anuncia, não governa. Quem não reconhece os limites ao crescimento numa economia que perdeu a sua escala imperial há quatro décadas e não quer aceitar as condições que a União Europeia impõe para responder à escala exígua do mercado nacional não governa. Quem insiste em ignorar que a destruição dos centros de acumulação privados, consumada há quatro décadas, transferiu para o Estado o monopólio da acumulação de capital, que se transformou em acumulação de dívida porque os que ocupam os lugares do Estado não resistem ao efeito das pressões distributivas, não governa. Quem não sabe que os dispositivos tradicionais de regulação (a inflação, quando havia excesso de emissão da moeda nacional, e a desvalorização cambial, quando havia excesso de défice externo) deixaram de ser operacionais quando se entrou num regime de moeda comum não governa. Quem não compreende o que significa ficar sem sistema bancário nacional, destruído pelo excesso de dívida, pública e privada, para financiar políticas públicas não contributivas e sem custos para o utilizador, para sustentar empresas inviáveis e para pagar os encargos de custos unitários do trabalho que não são competitivos, não governa.
PS, BE e PCP já sabem que não governam, só impedem que outros governem. Do pântano de 2002 e da bancarrota de 2011 passou-se para o rebentamento dos canos de esgoto em 2016. Correrá mal a todos e por muito tempo.
"Se PS, BE e PCP querem que isto resulte, têm mesmo de estar juntos no Governo. (…) Se a coisa correr bem, ganham todos. Mas se o gelado derreter, tudo se misturará numa mistela indiferenciada. Correrá mal a todos e por muito tempo."
Daniel Oliveira, Expresso, 20 de Fevereiro de 2016
A ANÁLISE...
Ocupar o lugar do poder não é o mesmo que exercer o poder. Para governar, é preciso conhecer o campo de possibilidades e a dotação de recursos, ter um projecto e identificar o alvo, a finalidade, que se quer atingir.
Quem escolhe um campo de possibilidades imaginário, só para não ter de reconhecer que o campo de possibilidades real não lhe permite realizar as propostas que anuncia, não governa. Quem não reconhece os limites ao crescimento numa economia que perdeu a sua escala imperial há quatro décadas e não quer aceitar as condições que a União Europeia impõe para responder à escala exígua do mercado nacional não governa. Quem insiste em ignorar que a destruição dos centros de acumulação privados, consumada há quatro décadas, transferiu para o Estado o monopólio da acumulação de capital, que se transformou em acumulação de dívida porque os que ocupam os lugares do Estado não resistem ao efeito das pressões distributivas, não governa. Quem não sabe que os dispositivos tradicionais de regulação (a inflação, quando havia excesso de emissão da moeda nacional, e a desvalorização cambial, quando havia excesso de défice externo) deixaram de ser operacionais quando se entrou num regime de moeda comum não governa. Quem não compreende o que significa ficar sem sistema bancário nacional, destruído pelo excesso de dívida, pública e privada, para financiar políticas públicas não contributivas e sem custos para o utilizador, para sustentar empresas inviáveis e para pagar os encargos de custos unitários do trabalho que não são competitivos, não governa.
PS, BE e PCP já sabem que não governam, só impedem que outros governem. Do pântano de 2002 e da bancarrota de 2011 passou-se para o rebentamento dos canos de esgoto em 2016. Correrá mal a todos e por muito tempo.