CAMPO DE FUTEBOL da SOCIEDADE RECREATIVA do SOUTO

Minha Declaração de Interesses:
Fui sócio (nº 14) fundador da SRS; Fui o projectista do ante-projecto da sede e deste campo de futebol, quando neste local estava apenas o pinhal de Trás-das-Tapadas, em 1969-1970;
E o arquitecto da firma J. Pimenta me chamou ao atelier querendo inviabilizar esse campo, porque não encontrava neles as medidas regulamentares, tendo-o contrariado provando que já havia negociações em curso para cedências de mais umas faixas de terreno ao lado, negociações que não prosseguiram para o lado da propriedade dos herdeiros de Manuel Curto/Traquinas.
E o arquitecto da firma J. Pimenta me chamou ao atelier querendo inviabilizar esse campo, porque não encontrava neles as medidas regulamentares, tendo-o contrariado provando que já havia negociações em curso para cedências de mais umas faixas de terreno ao lado, negociações que não prosseguiram para o lado da propriedade dos herdeiros de Manuel Curto/Traquinas.
O campo estava ao contrário ( do que a foto mostra) atravessado e foi graças à cedência dos irmãos João e Mário Lourenço ( Batoquitos) e ao pagamento de uma verba de 1o mil escudos pelo Adelino Branco, que se virou o campo nesta posição e veio uma máquina da firma J. Pimenta fazer a terraplanagem, tendo-me eu e o Jacinto Carpinteiro directores da Secção Despotiva dessa SRS , que estiveram nessa semana no Souto, três dias a orientarem o maquinista.
Era ainda directores da Secção Desportiva, o João Pimenta Batista e o Rui Pimenta.
Na minha mente sempre visionei o campo assim e cheguei a imaginar umas bancadas e umas frondosas árvores de sombra. Com a CIDAS em 1975, a aposta passava por uma piscina ao lado, dada a abundância de água dessa captação, quando a piscina do Hotel de Abrantes - a "coqueluche muito finesse" da época se debatia com falta de água. José Martinho Victória o criador da primeira ideia da CIDAS também se mostrava muito apoiante da piscina.Muitos sócios da Cidas não viam com bons olhos a piscina, que ia ficar nos terrenos da SRS. As "soberbas" do costume. Uma restrição camarária veio acabar com a ideia - tive que assinar um documento na Câmara de Abrantes de que a água era somente para fins agrícolas, caso contrário não haveria deferimento da obra, e não havendo para o Souto, também não haveria mais tarde para Bioucas, Aldeia de Mato e Carreira de Mato, todas essas povoações com planos municipais de água ao domicílio . A Câmara Municipal , - no mandato de José Bioucas, ainda como presidente da Comissão Administrativa em início de 1976 - queria que a água fosse apenas para consumo agrícola, não fosse entrar em concorrência com a captação municipal dos Lameiros da Bouça inaugurada dez anos mais tarde (1985) estando na disposição de embargar os trabalhos já iniciados. Reagi duramente com o Engº Bioucas e o engº chefe da Câmara e lá continuou a obra, mas na condição (patética e surrealista) de a água ser só para fins agrícolas, como me obrigaram a assinar logo ali. Como se cada um em suas casas e nos seus quintais não lhe pudesse dar à água - um bem tão precioso e raro - o destino que bem entendesse.
Fui secretário geral da CIDAS, e autor dos seus estatutos, que depois vieram a ser usados pelas cooperativas de Bioucas, Aldeia de Mato e Carreira de Mato. Nada cobrei por esses serviços. Puro amor à terra e ao Norte do concelho. Não obstante ainda há quem diga que "nunca fiz nada na terra".