Um político local, com 20 anos de vida partidária e que ainda não atingiu os 40 anos de idade, passou pelos cargos todos que houve na Jota local e distrital, o mesmo no partido sénior local e distrital, duas candidaturas à câmara sem sucesso, (olhando para a referência de 89, essa sim vitoriosa, mas "sistematicamente afastada", para usar as palavras do dito sujeito noutro contexto, mas que parecem estar muito presentes, agora nesta direcção), dois cargos superiores de nomeação política, derivados do partido, indicados pelos tais amigos das elites partidárias, deputado da Nação por escassas horas, pois a oferta de outro cargo atravessou-se despudoradamente, no caminho.
Eu sei que há por aí um advogado que fez vista grossa para este curriculum, quando diz cobras e lagartos doutras minudências. Eu sei! Adiante.
Nestes últimos 20 anos foi companheiro, apoiante e participante directivo , alguns em cargos de chefia de direcção nos orgãos concelhios, distritais, foraa participação em dois Conselhos Nacionais e está alinhado com um dos últimos líderes e voltou a estar com o actual.
Ainda que se lhe desculpe muito deste percurso ou todo esse percurso, uma coisa não se pode aceitar. Não porque lhe queira vedar a livre expressão da sua opinião. Mas, porque o sujeito em questão, não pode usar as palavras para defraudar a história que ajudou na primeira linha a construir e a confundir, para logo de seguida, dar um passo ( de magia), ao lado ou por cima de tudo e apontar o argueiro, quando traz a tranca consigo.
Leia " A Democracia Totalitária" de Brumier. Veja o que surge no pós-democracia: "os negacionistas" encartados do jacobinismo, esse clube dos partidários exaltados que nunca discutiram ideias, antes jogaram com truques, com pressões ameaçando o emprego do pai do militante para obrigar o filho a dar-lhe o voto, fazendo sentir a este e àquele a conveniência de alinhar consigo ou com os seus, fosse na mais pequena ou grande deliberação ou eleição. Usando segundas listas de eleitores fora de prazo e fazendo da sede do partido, uma central telefónica, usando e pressionando eleitores, etc...
Então quem praticou, tolerou ou fomentou conluios, e todas estas vivências, não pode falar em regeneração e subir ao púlpito para anunciar "a boa nova", quando fingiu nada ver nestes últimos 20 anos. Como se nada disto tivesse existido ou sido praticado por eles mesmos.
Para ser mais concreto, falo apenas nos últimos 15 anos. Já vão perceber porquê, os 15 anos. Leiam esta prosa, que talvez nunca chegue às mãos de Moita Flores. É uma passagem de um texto de quem não lê o que escreve. Porque se lesse via logo, que a prosa crítica e moralista que escreveu, só tem um destinatário privilegiado e único: ele próprio, o prevaricador à luz dessas mesmas críticas suas.
Leiam o texto do político da nossa terra e digam se não é um privilégio, nada ter que discutir ou negociar com gente desta natureza. Leiam e meditem:
- « Uma coisa é certa: há 15 anos que o partido ( omito o nome por decoro), vivia um cinzentismo mitigado ( haverá outro cinzentismo, de bravura e positivo?!), e prossegue o sujeito: - ... vivia em cinzentismo mitigado, em paz podre forçada. ( e o sujeito o que fez, por onde andava e com quem pactuou?) Desta vez, muita gente decidiu juntar-se, partilhar, construir, mostrar que existe e tem valor. ( Não serámais do mesmo? ...). É preciso mudar de dirigentes, de práticas instituídas. ( Então que faz ele agora como candidato da mudança? Só se for para a mudança para o que sempre existiu...). Os partidos estão obsoletos, os dirigentes aburguesados, os mais capazes têm sido sistematicamente afastados nesta "política do eucalipto... Não devemos excluir ninguém». ( Pasme-se a minha completa perplexidade! Já ouvi falar muito em demagogia, mas deste quilate é mesmo a primeira vez. Agora, digam-me como é que se pod vencer esta linguagem obscena, sem sermos desmentidos? Por outras palavras, como pode a verdade dos factos sobreviver face a estas manipulações?) . Assim nunca mais é sábado!
Nota: os sublinhados a cheio e entre parenteses são observações da minha<>