ESTA é o nome da Escola Superior (ainda por cima), de Tecnologia de Abrantes e ministra cursos de Jornalismo, Gestão de Empresas e Engenharia Mecânica.
A ser verdade, como é que se pode aceitar gente desta a leccionar?
Veja-se que o próprio entrevistado só falou ao fim de sete anos de docente nessa escola e já depois de não lhe ser renovado o contrato. Será que se fosse renovada a contratação, o entrevistado teria dito isto no jornal. Ou teria acusado a Câmara de Abrantes de estar a apoiar essa escola, como o fez no seu painel na SIC Notícias?
Eu sou suspeito de falar porque sempre me insurgi contra o peso excessivo dos professores na vida pública portuguesa. Porque quando fui vereador na Câmara Municipal de Abrantes, todos os outros seis eleitos eram nada mais, nada menos do que seis professores: dois de Filosofia, duas professoras de História, um de Matemática e outro de Educação Física. Eu era um empresário com 30 anos de prática efectiva em Direcção de Obras. Pouco mais que ignorante, segundo o elevado conceito em que alguns deles se achavam.
Perante esta cenografia, só por milagre é que aquela escola pode gerar bons alunos e empenhados cidadãos.
Para já não falar dos "curricula". E só de pensar que tive que aprender o número e o nome dos anéis da minhoca e quantas patas tinha a aranha, quando nunca me mostraram como é que se passava um cheque ou se fazia um requerimento para pedir o contador da água, da luz ou do telefone e como se "lia" um extrato do banco ou se apresentava uma reclamação, já podem imaginar há quantos anos já paira no meu espírito de aluno descrente, o que só há pouco li e ouvi do PISA e de outros relatórios da OCDE, a respeito do nosso ensino medíocre.
Sete anos o sapo levou para atravessar o valado. Caiu a meio. E ainda resmungou: raios parta a pressa!