Explica-se tudo em dois tempos. Nem é preciso perceber de barragens. Chama-se bom senso e ser previdente e clarividente q.b.
Há muito que certos Senhores de Abrantes deviam ter sido corridos de darem palpites sobre o Castelo de Bode. E eu at´+e me contentava por não irem muito além da EN 358, que era sempre mais de 1 km antes da barragem. Mas nem assim, lá chegam!
Conheci um vice-presidente que andou lá a guiar as arquitectas do INAG, completamente às cegas em 2001/2002.
Não fosse eu ter conseguido introduzir uma versão nova no artº 28º do POACB, em fase de consulta pública e ainda hoje nem uma obra se fazia nos 600 metros da envolvente à barragem. Foi minha a abertura às fossas estanques, enquanto não se construíssem as etares junto à albufeira. A CMA quer lá construir alguma?! JAMAIS! JAMAIS!
Um dia a água em Abrantes estará pior do que o que andou em tempos na água do Taínho...
Acresce, que uma CMA que consegue colocar uns bungalows e certa oposição às cegas a clamar por ar-condicionado nos ditos, num parque poeirento e ranhoso da Aldeia do Mato sem enquadramento paisagístico e de acessos via Estrada do Vale da Vinha e ligação ao Vale Manso - era o mínimo que se podia fazer por Vale Manso, não pode ter pretensões a mandar nada por aquelas bandas.
A propósito, já destruíram a tal piscina do condomínio no Vale Manso?!
Não foi um certo deputado municipal papa almoços e "descobridor" da Brasserie de la Madeleine, na Boulevard de Hassman em Paris, quem desancou no Ribatejo contra a comida no Vale Manso, depois desmentido pela cozinheira-chefe?!
E que ainda há dias no Teatro de S. Pedro dizia e assegurava que no Castelo de Bode nunca houve desenvolvimento turístico?
Pois não! Nem deixavam. Pelo menos o PDM e o POACB ( de Miguel Relvas e outro jovem ambientalista PSD Secretário de Estado do Ambiente...), nunca falaram do assunto, nem deixaram porta alguma aberta.
E havia algumas folgas patra se fazer qualquer coisa.
Inclusivé, criar uma estrada de acesso directo, para se chegar da Srª da Luz e São Lourenço à Barragem e ao Centro Náutico da Aldeia, em linha recta. Sempre era mais digno para Abrantes, do que dar a volta pelo Sardoal...
E quando uma sede de concelho como Abrantes se sente de consciência limpa por ter de descer a Alferrarede, cruzar o Olho de Boi e entrar no concelho do Sardoal durante 10 km, para depois subir o Carvalhal e não saber por onde seguir para o Norte, qual Norte de Abrantes, é porque algo correu muito mal...
Tudo isto sem o QREN. Depois é que vamos ver como vai ser.
Cuidem lá da indemnização do açude. Depois de alagado até vale mais. Pelo menos há-de pesar mais...
E esperem por um Projecto PIN para o Castelo de Bode e depois é que vai ser o bom e o bonito...
Porque Abrantes cujo verde das encostas do Norte tem servido de cartaz ecológico a Tomar, nem sequer foi capaz de dominar os fogos de 1995,2003 e 2005.
Havia um célebre Mapa cor de Rosa de 2002 que ficou todo chamuscado.
Quanto ao Aquapolis em Constância, que lhes faça bom proveito!
Sobre o de Abrantes - honra me seja concedida - fui o único a escrever e denunciar o Bluff daquela obra.
Deus queira que a CMA não tenha que justificar o prejuízo muito bem justificado das Perdas e Danos pelo afundamento, porque uns juízes rigorosos não iriam aceitar essas provas pela certa...
Aquilo sempre foi mau de mais para merecer indemnização!
E não honra os técnicos, arquitectos e engenheiros do cabeço. É uma vergonha total!
Só não deu ainda o brado do BCP, porque os jornais regionais e alguns locais têm escamoteado as notícias e fazem trinta por uma linha para o NÃo à Barragem...
Como se passar de 45 % para 70 % do potencial hídrico não fosse um factor importante?! E ainda deixar o rio Tejo a menos de metade da armazenagem que a Espanha faz no mesmo rio, sem o Zêzere por perto.
É uma vergonha e um atraso de Portugal em relação à Espanha. Em Aranjuez devem estar a gozar que nem uns perdidos!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007