Esta do regresso "ao tempo do penico na mão", veio de um nosso conterrâneo que é autarca da freguesia do Rossio, cujo nome não fixei.
Fixei o nome de um jovem do Rossio, muito castiço por sinal, que parecia o "Gato fedorento" do eh pá os gajos falam, falam, mas não fazem nada, não é pá, etc, pá, pois então, mas eu pá, ao menos pá acho pá , que há os técnicos pá, e eles são técnicos pá, que sabem o que fazem,pá. Eu não sei, pá mas acho que alguém há-de fazer alguma coisa...
Faz lembrar o nosso pedreiro lá do Norte, sempre com a palavra e a resposta apropriada, que uma vez, quando era encarregado numa grande obra em Lisboa, viu correr e gritar na sua direcção o moço caeiro, aflito dizendo, que o Mestre Manel tinha caído pela caixa do elevador abaixo...
Impertubável, o nosso encarregado de obras logo assegurou:
- Não há-de ser nada rapaz. É o mestre Manel não é?! Então, não te preocupes rapaz, não há-de ser nada, ele é mestre, logo sabe o que faz!!!
Mas, aquela do regresso ao "penico da mão" é que lixou tudo!
O pessoal ali muito bem refastelado nos 200 cadeirões da plateia do Teatro S. Pedro e vem de lá aquele gajo do Norte a dizer que queria dizer SIM à Barragem, melhor dizendo às três barragens.
E, já falava que com o betão da enorme extensão de açude em Montalvo,impraticável dizia ele... Aquilo nunca seguraria o peso da água da albufeira. Uma barragem incapaz de se manter em pé a segurar o peso da água de 31 metros - não era 31 metros era só fazer a diferença do nível do fundo do rio ( 19 metros acima dmargens, a média entre a maré baixa e a praia mar algures a seguir a S. julião da Barra - Oeiras), o que dava 12 metros de paredão de açude, sem amarração contra as margens, onde o que há são areias movediças.
Então, com o betão daquela extensão impossível de segurar água ele fazia três barragens:
1ª no Tramagal no estreito frente ao Cruzeiro do Alto da Penha;
2ª no Zêzere algures antes ou depois da ponte da da A-23;
3ª no Almourol, 2 Km a montante do Castelo dos Templários.
Entretanto, nem lhes conto, mas o homem dos vinhos, não é que é um amigo do caraças!
Falei com ele. Sim porque eu sou um gajo do diálogo. E quando não facilitam eu não perdoo, dou-lhes em cima. Toca a dialogar, vá lá...uma garrafa ou duas,para substituir duas de branco que tinham dado a volta, maradas,lá na dispensa da casa.
E estão feitas as pazes.
E, não é que o sujeito ambém queria a barragem, só que não queria era a cota 31...
O problema é a cota 31. A Câmara se lhe extirparem a cota 31 também fica do lado da barragem, e lá fica o autarca da Junta com o "penico na mão"...
Estou já a imaginar um slogan " Há mais vida para lá do penico na mão".
Aliás, os grandes momentos da história do Rossio, passaram-se sempre no tempo do "penico na mão"!
Só largaram o penico, aqui há uns anos já depois de Abril, para agarrarem-se a outras modernices do autoclismo e do fluxómetro, que são coisas altamente poluidoras, a fazer fé nessas análises do Aquapolis com resíduos fecais sempre acima da cota máxima, até saltam e emergem à tona da água...
Os "Mourões" que agora a barragem quer afogar, foram feitos quando a malta ainda andava com o penico na mão. Por isso, é que nunca mais sobrou tempo para os acabar...
As duas pontes no séc. XIX, foram feitas com a malta da terra e os de fora com o penico na mão!
Hoje a ASAE e a Inspecção do Trabalho já não deixava fazer essas obras se os estaleiros não tivesse W.C. para os dois sexos...
Quando no Rossio se malhava o ferro, pegava-se no penico na mão!
Quando havia moagem e massas, nem assim se deixava de pegar no penico na mão!
Claro, que ali sentados nos cadeirões do S. Pedro, é que não dava jeito...
Ainda se a gente soubesse que até Setembro de 2008 nunca mais vai chover, a malta até percebia melhor a coisa e quem sabe a Câmara até alinhava já com o Consórcio e começava ela a ser a " Vanguarda Obreira"!
Caso contrário, quem ainda vai andar com o "penico na mão" e atrás do Sócrates é o executivo PS.
Com os do PSD, com esses não contem. Esses já andam a preparar listas, agora que viram que com esta Concelhia não vão lá. Até me dóiem os ouvidos. A jota rosa ensaiou bem os apupos. Aquilo é que foi terminar o discurso, no ga,ga,ga!
Disse listas, exactamente, duas. Como é que eu sei?!
Oh filhos, a gente percebe bem... O algodão não engana!
Gaivotas em terra...
E por falar em terra, tenho que dar a mão à palmatória: os agricultores, dada a seca, já apontam para a hipótese do regadio das barragens...
Afinal, eram todos pela barragem! Que pena ter-me esquecido de pedir a votação de braço no ar...
O Senhor dos Vinhos, vamos lá que o homem merece e um dia destes traz-me
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007