Facilidade em arranjar emprego - Igualdade de oportunidades - Viva a CGD e o BCP e viva mais não sei o quê!

Até pode ser demagogia barata. Pode!
Posso até não descortinar o alto interesse nacional. Posso!
Pode ser caso de despeito, da minha parte. Pode!
Mas, ao menos, concordem comigo numa coisa, isso da "Igualdade de Todos perante a Lei" podia ser um pouco mais equitativa, sem desprimor para ninguém. Não acham?!

Três administradores da CGD saltam de um dia para o outro, para a concorrência privada.
- Não esperaram pelo fim do mês.
- Não deram "pré-aviso" à entidade patronal.
- Ainda andaram à conta da firma anterior, a negociar com a concorrente.
- O administrador da EDP,exorbitou funções, para ajudar ao emprego deles.
- Se um gajo se atrasasse no pagamento da factura, tínha a luz cortada!
- No caso da nova administração da CGD, o senhor é "engenheiro mecânico". Esteve numa data de empresas de alto gabarito: Sorefame, Siderurgia, IPE, ICEP, Secretário de Estado e Ministro, isso qualquer um pode ser...
Porém, se fosse comigo, vinha logo um sujeito sem me conhecer e dizia, qunão me conhecia nem nunca me viu antes, mas já sabia que eu só percebia de "betão".
Outro diria, que eu era um especialista de barragens, mas não conseguia explicar porque é que uma grande empresa turística em Martinchel/Aldeia do Mato, se "naturaliziou" em Tomar e pretendia ter um Parque Náutico. E adiantando, logo me despachava em grande velocidade dizendo que eu não tínha habilitações literárias adequadas à FUNÇÃO.
- Se conseguisse inscrever-me, abriam um grande concurso público e nesse dia aprazado, quando chegasse 5 minutos antes das nove, já lá via duas ou três centenas de "putos" cada um com o respectivo canudo pouco adequado à função nas mãos e "zero" de experiência. Apenas uns "part-time" nas caixas do Hiper lá do sítio ou nas embalagens de Natal.
- Esperavam-se longos meses até apurar resultados, após três dias de correrias para completar toda a papelada do processo, sujeito a ser contactado mais tarde para " juntar mais elementos", até desistir por não ter conseguido mesmo o último documento necessário.
- Ao fim de quatro ou cinco meses saíam os resultados ou já não saíam, porque entetanto os lugares foram ocupados pelo gajo da jota, do partido ou pela afilhada do ministro...

Nem lhes conto o resto!
As caixas de comprimidos anti-depressivos que tive que comprar. A tensão descontrolada e mais não sei quantas análises. Veio a doença. E, num acto de extrema resignação dou comigo a pensar: realmente, aquele lugar não podia ser para mim, porque esse emprego ainda ia era dar cabo do resto da minha fraca saúde.
E com toda alegria dos simples, exultava:

- Malta?! Olhem a Sorte que eu tive. Meti os papéis para a reforma.
E os amigos à minha roda gritavam todos felizes:
- PORREIRO PÁ!

Ora digam-me lá, onde é que há um país destes?! Com soluções para todos os gostos e
... desgostos...
-Raios parta a sorte!