-Não é um contra-senso estar a apostar em barragens, que precsam de água, quando no futuro vamos ter mais secas?
Resposta do Ministro: Pelo contrário. A percepção global por parte dos especialistas na matéria, é a de que haverá um regime de maior incerteza climática, onde pode haver mais secas, e mais frequentes, mas intercaladas por períodos de grande pluviosidade. [ eu acrescentaria, com cheias à mistura... e já vão perceber porquê!]
Continua a resposta do ministro: " ... Criar reservas de armazenamento de água é a primeira resposta a isso. É claro que havendo mais secas, mais temperatura (elevada...),há mais evapotranspiração ( mais humidade no ar, o que ajuda a combater ou evitar os riscos de fogos, e a criar microclimas mais frescos, direi eu...).
E o jornalista ( no contra e a insistir na asneira...), atacou:
- " E há menos produção de electricidade...
Respondeu o ministro:
- Mas a questão essencial não é essa. é o extremar do clima. Há mais secas e há mais cheias. ( cá está o que venho dizendo...). e prosseguiu o ministro:
- As barragens são justamente a resposta à irregularidade do clima. As barragens são uma resposta à alteração climática.
Cá está o que os cientistas já diziam há muito, mas foi preciso vir Al Gore repweti-lo com mais ênfase, para a "malta ambientalista de cartilha" amouchar e lá abrir mão das barragens...
Nem a propósito, pego no Jornal de Abrantes de 2006!
E que leio eu?!
Num artigo meu do dia 8 de Dezembro mas do ano passado claro, com o título " Desconto nos Lotes, corte nos Fontanários" e já no habitual " Posfácio" digo só isto: «Entretanto, as três autarquias dos últimos 7 km antes da Foz do Rio Zêzere ( Tomar, Abrantes e Constância), ignoram o " tesouro hídrico subaproveitado", capaz de gerir e controlar as cheias e produzir electricidade. Estava para o Castelo de Bode, como a barragem da RAIVA ( 12 km abaixo da Aguieira), está para a barragem da Aguieira ( no Mondego). E a "raiva" que me dá, saber que o programa Valtejo ( um terço só no Aquapolis dos 20 milhões de euros, agora a enterrar como os marinheiros do mar de Abrantes...), com esse dinheiro todo podia construir muitas mini barragens na floresta entre o Tejo e o Zêzere. Porém, "o carro à frente dos bois", e, "as cadelas apressadas" não constam nas descobertas do Pólo Tecnológico. As cheias no Inverno e os fogos no Verão varreram por completo, as coisas importantes, que havia para testar e discutir seriamente...»- Fim de citação do meu texto de há um ano atrás. Passe a imodéstia: uns anos à frente da burricada...
Mas ainda havia outra notícia de estranha ironia do destino:
- Em 3 de Novembro, no mesmo J.A. - a notícia:
- Por perda de confiança funcional Vice - Presidente da Câmara de Abrantes destituído ( no caso o arquitecto Albano Santos, que curiosamente, estagiou no ateliers dos meus queridos amigos arquitectos José Cardal e Luísa Cardal...).
Depois a cereja no cimo do bolo: foi designado para ocupar o lugar vago, João Carlos Pina da Costa, como vice-presidente.
Ganhou o presidente, a confiança funcional. Porém o concelho, se estava mal, pior ficou!
Tão funcional, que até deu neste "embaraço" há muito enleado é certo, que se chamou Aquapolis e acabou na "benção" da barragem, - pelo vice Pina da Costa - não pelas virtudes ambientais expostas atrás, mas porque retirava o cancro despesista que viria a ser o "açude insuflável"... Mas que ele e outros como ele, jamais previram que tal calamidade viria a cair sobre Abrantes!
Santa ingenuidade! Até a empreiteira demorou 8 ou 10 anos para perceber que o melhor era uma mini hídrica. Pena só ter-se lembrado quando já se tinham pagos os 20 milhões...
Agora, os abrantinos que contabilizem muito bem quantas esperanças de vida melhor, estas asneiras todas ceifaram pelo concelho e arredores, durante estes anos todos?!
Ou isso não tem custos?!
Vão lá então todos ao auditório do Pirâmide dia 12 à noite e aplaudam e votem moções de apoio à grande idéia explicada superiormente pelo raciocínio brilhante do Vice e sosseguem o presidente, porque ele "dorme descansado", mas a gente é que não tem sossego nenhum...
E outros, ainda por cima têm fome e não há meio de deixarem de ver tudo seco à volta. Pois é, nem todos conseguem juntar uma reforma e um salário superior!