Os "prós" e os "contra" dos Computadores para crianças

Na coluna do "SOL" o seu director José António Saraiva, não deixa de sublinhar com a sua habitual ponderação, sensatez e abertura de espírito - é essa a ética e a postura que se desejam ver num jornalista e que tantas vezes se sente não ser apanágio de certas páginas distritais e concelhias da dita imprensa local, onde até alguns se querem substituir aos tribunais e sentam o primeiro no banco dos réus... - e, voltando ao director do "SOL", que sabe elevar o nível do debate, e à sua coluna, aponta a dedo esse " choque tecnológico" do 1º ministro e ministros a distribuírem computadores pelas crianças.

Computadores que têm um preço.

E já nem falo, da "obrigatoriedade" dos utentes terem que assinar um acordo de fidelidade com a PT válido por três anos. Um professor amigo meu,( eu também tenho amigos entre os professores e de boa cepa, como podem aferir...), recusou liminarmente o computador lá na sua escola, porque não estava interessado em ficar "refém" da PT. Ponto Final!

Diz José António Saraiva no " SOL":

a) Os computadores estimulam a solidão.
b) O computador promove o homem anti-social, que no limite passa a vida em frente ao computador, sem precisar sair de lá. ( Até eu já passo tempo a mais, pese esteja a falar para o mundo de surdos, as mais das vezes...).
c) A escola deveria ter outro comportamento, promovendo ainda mais a "sociabilidade" o sentido táctil, o desenho, os trabalhos manuais, o saber fazer contas e o escrever à mão, a leitura de livros, o contacto com a natureza e a pesquisa para além do que está na "NET"

Os computadores podem contribuir para um mal terrível: A DOENÇA da SOLIDÃO!

Quando eu vejo aquela equipa municipal que nos quis impingir um açude insuflável como "a grande oportunidade de negócios" e imediatamente, abençoou a barragem. não tanto pela riqueza da água mas pelo peso de água com que iria afundar e mergulhar lá no fundo esse mesmo açude, até me arrepio todo, do que não se dirá um dia desses computadores que eles confundem com o "Projecto" de uma ave rara que até hoje tínhamos como a ave símbolo da sabedoria...

E já que estamos nessa, não esquecer a máxima de D. João II "o Princípe Perfeito":

- « Em tudo na vida há um tempo de Coruja e um tempo de Falcão...».

Foi com esta máxima que ele soube dividir o mundo em dois e ficar com a metade ( não para ele, nem para a UE, a CE ou Bruxelas, mas para a nossa Pátria, PORTUGAL!

Perceberam?! Ou querem um computador para verem na NET?!