Que ganham os abrantinos com os agníficos terrenos agrícolas dos aluviões do rio Tejo?

Aqui está uma pergunta a que nnguém respondeu no Teatro de S. Pedro no dia 12.
Aliás, a particularidade nesse debate foi a ausência de perguntas. Só havia certezas!
A mais mediática de todas, faz gala nas manchetes dos nossos fidelizados media: Os abrantinos disseram NÃO à barragem!

Quantos aos 1000 HECTARES em Abrantes ou 1300 hectares somando os aluviões de Constância, não sei se incluídos ou não, aqueles hectares que foram olival e pomares de pessegueiros junto a Montalvo e que hoje são uma espécie de eucaliptal caduco de mistura com descargas de areias, lixos e entulhos, convirá saber o que representa realmente essa agricultura para a vida económica de Abrantes e para os cofres municipais?!

Retirando os 60 hectares de vinha da margem esqueda, que até estão em parte acima da cota 31, onde é que estão os grandes hectares de pesegueiros "maracotão", que entre Montalvo e Rio de Moinhos fizeram daquele território uma rgião de marca qualificada, nos saborosos pêssegos que nos verões dos anos 70 mobilizazam centenas jovens, muitas vindas do liceu e escola industrial, para a apanha do precioso e aveludado fruto que nada melhor do que as mãos finas e macias dessas bonitas estudantes conseguiam manusear na perfeição, acondicionando-os nas respectivas caixas de embalagem, como me foi dado observar, quando om uns amigos regressávams de uma semana de G-3 ao ombro na recruta escalabitana e procurávamos à porta daqueles enormes pavilhões da Amoreira, marcar o encontro para as festas e arraiais desse fim de semena, com as beldades que por abundavam.

Porém, não ouvi nenhum agricultor falar no apoio a esse retorno, custeado pela autarquia e pelo consórcio da barragem, mobilizando e demarando os slos para esse efeito redentor.
O que ouvi foi falar e muito em solos extraordinários. Bons demais, para serem aproveitados apenas no final da primavera e durante o verão para a beterraba que só serve os engenhos de Coruche ( logo, escapam a Abrantes e ao Médio Tejo), ou para os milhos ( na volta ainda virão os transgénicos?!), mais os aproveitamentos do biodiesel ou biocombustíveis. Ora isso gere exactamente, quantas dezenas ou centenas de postos de trabalho pela região de Abrantes?!
Quando muito gere aqueles engenhos de rega que circulam sozinhos dia e noite sobre duas rodas!
Se é esse o lucro de Abrantes, estamos conversados!

Decerteza que há por aí muitos bons agricultores que gostariam de poder usufruir desses terrenos e ver neles outra actividade mais rentável para a própria comunidade. Sendo certo que no Azinhal de Rio de Moinhos, já não há criação de aves ou de gado, nem o fabrico desses maravilhosos queijos.

Mas, havia uma barragem a inundar aquelas terras em permanência - permanência em função de caudais - que mesmo que inundassem os tais 15 ou 20 cm a Sul da EN 3, de que o presidente da Câmara falava, então talvez a opão pelo cultivo de arroz sempre desse mais de comer aos abrantinos...

Mas do arroz ninguém fala. Dos maracotões isso é passado que todos gostarão de evocar, quando passarem mais de 200 anos, como o Maneta e o Junot, para não dizer 10 séculos, como nos silos da Rua Grande...

Desculpas de mau pagador...
Entretanto, a barragem do Castelo de Bode continua a lançar dacaptação da Cabeça Gorda a água que todo o concelho precisa e ebe. Inclusivé, aqueles que não querem e nem gostam de barragens.
E como já chove há dois dias, a seca morreu!
E morte às barragens, pois claro!