Se o projecto de Almourol proposto pelo governo tiver que ser "chumbado" pelo "crivo ambiental da UE", como alvitrou o deputado municipal às sextas e governante do país no resto da semana, Abrantes não ganha nada e abre falêncioa dentro de quatro anos, piois como disse o vice-presidente o município não tem capacidade financeira para manter o açude.
Para mais, a CMA e toda a "oposição" votaram contra a barragem. Logo, não há indemnização alguma.
Virá do PIDAC?!
Aí reina outra complicação, como ouvi na Rádio Tágide.
O deputado do PSD Vasco Cunha insurgia-se contra o desaparecimento do PIDAC no distrito de Santarém, pois era o penúltimo mais baixo do país...
Contrapôs o deputado do PS Nelson Baltazar, de que nada disso, o PIDAC desapareceu por si mesmo e hoje o investimento público-estatal mede-se por outros parâmetros. Quais não soube explicar...
Mas, com muito esforço até consegui perceber que poderá vir da REFER, das Estradas de Portugal e quem sabe do Consórcio das Barragens... E lá ´vamos parar ao mesmo: como a barragem pode não se fazer como a CMA tanto se opõe mais a "oposição" e estamos todos tramados.
A menos que só o deputado Baltazar possa deslindar ou conhecer outra engenharia financeira...
Resta então a indemnização?!
Mas, indemnização a que título?
Pelos lucros cessantes? JAMAIS! JAMAIS!
Porque o vice-presidente já derrotou e afastou essa possibilidade, precisamente, ao ter aquele rasgo genial ao reconhecer que tudo evolui na vida... E ele evoluiu!
Reconhceu que a barragem até nos livrou de maiores prejuízos, com a manutenção impossível do açude...
Indemnização pelos lucros cessantes?
Também não pelas razões já apontadas e porque nunca conseguimos provar nada de bom para Abrantes depois do açude. Até a Canoagem foi aquele fiasco, que o Vereador do Desporto depressa arrumou com aquela "expulsão" de uns gajos quaisquer que apareceram para aí...
E se fosse mesmo possível recebermos algum de indemnização pelo açude afundado, reparem bem nas contas que ainda havia a fazer?!
- Há 15 anos foi um sonho do presidente, mas virou pesadelo para os munícipes.
- Estivemos 15 anos à espera do grande investimento e das grandes oportunidades de negócio e nada!
- Se qualquer dia vier alguma coisa, já vem com 15 anos de atraso, façam as contas à depreciação da moeda evejam o que sobra...
- Mesmo com correção monetária, quanto se perdeu nestes 15 anos?
- E se há 15 anos fizéssemos outra coisa ou não ficássemos cegos e bêbados por esse projecto inócuo e tivéssemos ido à luta, onde é que o concelho já ia a chegar e a galopar?!
- E se agora, do PIDAC ou de outra coisa qualquer o nosso desenvolvimento já recriasse outras dinâmicas de riqueza e progresso, o que não podíamos acrescentar e quanta misérioa não teríamos evitado às nossas gentes?!
Indemnização ?!
Vai-te lucro que me dás perda!...
Essa, é que é essa!
Depois digam lá que não querem barragens. Se não fosse o Castelo de Bode já estavam todos mortos de sede ou envenenados com os nitratos dos furos do Taínho...
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007