Um homem não é de ferro!
E andei num virote. E quando me preparava para juntar uns pontos e comprar um novo telemóvel, pois este que trago é de recurso e deixa ir as chamadas abaixo, sou avisado para passar à Esquadra da 5ª Divisão na Penha de França. Havia lá documentos e coisas nossas e dos vizinhos. E já naõ comprei o telemóvel novo, claro.
Fui com a minha mulher e um vizinho, a quem roubaram toda a documentação. Fui eu a conduzir, pois era o único dos três aquem não roubaram a carta de condução.
O espólio apreendido resumia-se apenas a uns papéis com o nome da minha mulher e um cartão multibanco e do meu vizinho outros cartões que já havia dado baixa. De uns terceiros vizinhoshavia umas dezenas de moedas de colecção.
E sobrava um telemóvel. Mas, como declarei, não era o meu.
Os larápios - um ainda espreitei por uma sala ao lado e vi-o de costas. Um jovem lingrinhas, com uma grande guedelha em carapinha.
Foi aquele gajo que andou pelo corredor da minha casa fora, enquanto todos dormíamos. Agiora era eu a espreitá-lo por uma fresta da porta na esquadra, unquanto ele dormitava sentado com a cabeça sobre o tampo de uma mesa...
Foram capturados 2ª feira de madrugada perto dessa Esquadra, quando trepavam a um 5 º andar, através dos entendais.
Aí está uma patente a registar pela Ordem dos Arquitectos - ou um concurso para o estendal mais acessível aos praticantes do Parkout!
Uma desilusão quando os polícias nos disseram que os B.I. eram documentos muito valiosos no "mercado negro". Agora era só retirar a foto e lá aparecia uma cidadã sabe-se lá de onde, a dizer que era da terra da minha mulher.
Imagine-se o meu vizinho, cujo apelido é o mesmo do nome do nosso país: exactamente esse começado por P...
Num "cara" qualquer branco ou mulatinho, ou num esguio de olhos azuis e cabelos loiros, haver um sujeitinho cujo apelido é o mesmo do país de acolhimento...
Puxa vida, não é mesmo um barato?!
Tudo é diferente em Portugal - foi esse o título da minha carta na edição de hoje no semanário de Vera Lagoa, o « DIABO».
Nem a propósito!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007