Portugal ainda só vai nos 45 % do seu potencial hidroeléctrico. Com as 10 novas barragens anunciadas e projectadas desde 1995, Portugal, ainda assim, só chegará aos 70 % do seu potencial. Petróleo, só a Galp é que o "descobriu" mas na sua parceira no Brasil...
Quantos postos de trabalho é que uma barragem no Médio Tejo iria criar?
O que não representava na animação económica local, todo o movimento construtrivo em redor das construções do açude, dos diques e dos canais e drenos de ribeiras e zonas ribeirinhas?!
Alguém viu alguém levantar essas questões?!
Nas reuniões da Câmara o que se discute são os perdões de juros - juros esses sobre rendas em atraso de inquilinos do Bairro Municipal, completamente, impossibilitados de pagarem as rendas atempadamente, por manifesta incapacidade económica ( desemprego, doença), e que mandava o bom que nunca se aplicassem.
Ao menos, sempre se evitavam essas situações ignóbeis de ver um conjunto de autarcas que custam mais de 200 euros por hora aos cofres municipais a discutirem numa hora e meia de sessão de Câmara, sedevem ou não devem perdoar 12 € a um casal de inquilinos ou 56 € a outro casal com 4 filhos, todos eles desempregados ou que só recentemente conseguiram emprego.
E outros a gastarem esses 200 € por hora a apresentaram relatos inócuos, do género : havia uma armação de pilar em ferro que garotos ou marginais arrastaram do passeio para uma rua do Centro Histórico e o pedido de fiacalização à obra de onde poderia ter sido arrastada essa armação de ferro e todos em unanimidade a propor a instauração de um processo ao dono da obra. Enquanto, os moços ou os marginais iriam ficar impunes.
Enfim, lá se satisfez o ego de quem se acha importante e viu nesse gesto impensado dos garotos irresponsáveis, um bom pretexto para vincar a sua autoridade municipal.
Alguém tinha que ser castigado. Para que ao menos tal castigo constasse na Acta.
E ninguém discute nem acrescenta maisnada à barragem. Como é que terão ficado agora os autarcas municipais do PSD face às declarações do Presidente da Câmara de Constância, que com tamanha clareza mostrou a hiprocrisia daqueles que em Abrantes não só se dizem contra a barragem, como ainda agitam as multidões para esses apoios e uma vez presentes com os demais autarcas do Médio Tejo, no INAG ou no LNEC, logo se dizem favoráveis à barragem, receosos da ameaça do INAG de que levaria a barragem de Almourol ou Montalvo, para o rio Douro...
Esta ameaça do INAG de levar a barragem para o rio Douro - passe a expressão - traz um bocado de água no bico, para além de mostrarem como certas entradas de leão logo dão em saídas de sendeiro...
Até que ponto é que o "açude" não foi facilitado naquela cota afundável, para inviabilizar Almourol um dia mais tarde, já com o sentido da opção do rio Douro em mente?!
Esta suspeita, parece ter alguma razão, na medida em que em 1995 já Almourol estava assente como projecto viável e agora em 2007, à primeira contestação logo o INAG colociou essa ameaça da substituição pelo rio Douro.
E no fim de contas, o papel de certa comunicação social regional e local não deixa de ser caricata. atrás do não, sem dar conta que estava a empurrar a barragem para o rio Douro. Pelo menos quero pensar que não a queria empurrar para o rio Douro...
O Médio Tejo precisa de ir à bruxa...
Será que uma indiferença e uma manipulação desta natureza alguma vez teria existido numa autarquia da Noruega?! Está bom de ver, que tal nunca aconteceu por lá...