PORMENOR:
«...caso de frei Pedro, donato,natural de Minde, que por MUITOS ANOS serviu de ermitão em Nª.Srª. do Tôjo, no Souto, até que faleceu em 1629; » - página 339 do livro " Abrantes- a vila e seu termo no tempo dos Filipes" de Joaquim Candeias da Silva.
Particularidade: « muitos anos serviu de ermitão», colocou-me de ouvido à escuta. Então se os Registos Paroquiais tiveram início em 1625 e o Frei Pedro faleceu em 9/12/1629, quatro anos depois porquê a razão desse lapsu linguae do autor, ao referir " MUITOS ANOS ERMITÃO "?!
E foi com esta minúcia, que escrevi no Jornal de Abrantes a reforçar a carta de Manuel Batista Traquina do Souto, que dava a Capela muito antiga e até estaria lá o ano de 1139 como o ano da sua fundação.
Eu acrescentei ser possível ter origem Templária, pois em 1135 os Mouros contra atacaram Santarém, Tomar e Leiria obrigando os cristãos a recuarem. Possivelmente, recuaram para as montanhas do Souto que o Conde Lippe haveria mais tarde de considerar de grande importância na estratégia de defesa militar...
E por aí fora...
Salta-me no Jornal de Abrantes o Prof. Candeias da Silva, que sem me conhecer de lado nenhum me ataca dizendo que a história não era para ser tratada assim e por ignorantes ou vaidosos e novos ricos, construtores ou patos-bravos, etc, etc,...
Depois de 18 anos de afastamento das lides políticas verificava que em Abrantes a Democracia estava doente, senão mesmo ferida de morte...
Era este o socialismo reinante...
Porreiro, pá!
E lá surge numa segunda carta o Prof. a dizer que tinha em seu poder um Alvará Régio de Filipe III a conceder ao Padre Rafael de Mendonça a autorização para nela celebrar misssas e recolher os donativos dos romeiros e prestar contas ao Corregedor de Tomar que lhe havia garantido a veracidade das obras que aquele pároco da Paróquia de S. Silvestre do Souto havia feito com a reparação da Capela "em muí estado de ruína...".
E a construção de casa paroquial, casa do ermitão e casa de romeiros e cavalariças...
Mais: o dito Prof. Candeias afirma preto no branco, nesse artigo no Jornal de Abrantes ( Julho de 2001), que " por lapso seu não MENCIONARA esse alvará no livro que publicou em 2000... uma edição patrocinada pela CMA.
Gerava-se polémica. E eu atacava. Então é assiom que se escreve a história, com lapsos desta natureza, logo o mais importante dos alvarás dos Filipes foi omitido, porque era do Souto?!
EM QUESTÃO:
- como explicar que um livro com 550 páginas sobre os Filipes tenha deixado passar em claro este alvará?!
A partir daí foi andar sempre de pé atrás...
Nota: Já lá vão 6 meses, 638 mensagens e 2.051 visitas; e muito mais para dizer em pormenor, com minúcia e com particularidade justificadas.
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007