Alguém no concelho tinha um terreno onde o POACB se cruzava com o PDM numa mistura que poderia ser explosiva.
Todavia o POACB (Plano de Ordenamento da Albufeira C. Bode), nas generosa interpretação do vice-presidente da Câmara até iria permitir "quadruplicar"o número dos habitantes.
Eis que surge na Aldeia do Mato a proposta de alguém constuir em pouco mais de mil metros, daqueles poucos mil e tal metros com frente para a rua - a única rua no Bairro Fundeiro - e como o 0,3 não permitisse a implantação de duas moradias com implantação de 150 m2 e mais 150m2 no segundo piso (porque o 0,3 é para a área de construção no total), então esses 600 m2 foram INDEFERIDOS.
Mas foi nas justificações que as coisas descambaram par o sórdido e anacrónico. Ainda por cima aprovadas por "unanimidade", o que diz bem do grande respeito e cuidado que o PSD dá à sua freguesia mais fiel desde o 25-A, pois lá ganhou sempre o PSD...
Os 600 m2 davam a ocupação de 10 habitantes ( retirados de um cnceito técnico de que a cada 60 m2 de construção corresponde um habitante, logo 600 m2 davam para 10 habitantes).
Porquê ir buscar esta tabela?
Para a bombástica e estúpida justificação de que se em mil e tal m2 aprovassem "casa" para os 10 habitantes então estariam a violar o PDM que só permite 30 habitantes por hectare.
E como o freguês tivesse cerca de mil metros só podia fazer uma casa para 3 habitantes era o que parecia querer dizer o despacho por unanimidade.
Quer dizer os mil m2 nem com o 0,3 já davam para os 300 m2!
Rica interpretação das sumidades municipais!
E chegaram nesse delírio de justificações - sempre na unanimidade - ( 15 Setº de 2003), a considerarem que com essa hipotética aprovação em mil e tal metros, o hectare poderia chegar aos 87 habitantes por hectare o que contrariava os 25 ou 30 habitantes por hectare do PDM...
Isto é de uma infantilidade gritante! É pura maldade grotesca demais.
Porque o tal hectare que falavam na teoria era quand muito as traseiras desse terreno que era o único espaço com acesso à rua. Os hipotéticos 8 mil e tal metros do resto desse hipotético hectare, quando muito era quintal sem apréstimo algum. Lá nunca se podia construir uma casa...
Porque não tinha frente para a rua. Qualquer um sabe isso. ora não lembrava a ninguém fazer esta interpretação tola. Mas a unanimidade aceitou-a!
Todos a admitirem o absurdo!
Assim nunca mais seria aprovado mais nada, a não serque o individuo requerente tivesse mesmo um hectare... Mas como os lotea,mentos estão proibidos na zona do POACB então tudo voltava ao princípio...
E assim se consomem os milhões da CMA e nos consomem o concelho...
Porreiro,PÁ!
E a unanimidade tão satisfeita da vida. Claro o "chato" era eu!
O conflituoso, já viram porquê?!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007