A propósito de tempos idos escreveu no "Expresso" deste sábado umas coisas muito descabidas.
Falava de Porto Covo ainda antes do Rui Veloso cantar que havia um pessegueiro na ilha. Nessa altura as ruas estavam desertas e Miguel S.T. ia para Vila Nova de Milfontes pescar e mergulhar, vejam bem sem ninguém ali para o incomodar.
Isto é que é ser amigo do "ambiente e da natureza só para si"...
Depois falou de outras praias do Litoral Alentejano desertas, só para Miguel S.T. desfrutar sozinho com os amigos e amigas...
Hoje queixa-se de que essas praias são invadidas por milhares de outros "Miguéis" que não são, só ele e os amigos...
Da Ponta de Sagres, da Ponta da Piedade em Lagos, da Praia da D. Ana onde sua mãe , a poetisa Sofia Mello Adersen, tinha pescadores para a passear...
O Pai de Miguel, o advogado Francisco de Sousa Tavares construiu uma casa na Praia do Pinhão um "nicho" de meia dúzia de moradias só para uma dúzia de privilegiados...
Miguel queixava-se no Expresso, de que estes dias o seu sono em Lagos, foi interrompido manhã cedo por martelos e picaretas e máquinas de ucranianos e negros a construir mais um edifício ao lado da sua casa...
Vejam bem a lata do Sr. Dr. Miguel. Estavam a construir uma casa ao lao da sua casa...
Engraçado! Então o autor do "Equador" por acaso lembrou-se e perguntar aos seus antigos vizinhos do Pinhão em Lagos, como é que eram acordados nos anos 60, quando andavam a construir a casa do pai, o advogado de A. Champalimaud?!
Talvez não fosse com ucranianos, mas com alentejanos e patos-bravos, mas não deixavam de fazer o mesmo barulho...
Moral da História: se for a casa do Dr. Miguel comentador do Expresso, tudo bem!
Se for a casa do novo vizinho do Dr. Miguel, aqui-del-rei!...
O país mudou muito. Hoje há imenos jovens a irem mergulhar e pescar para a Costa Alentejana e Algarvia. Há motards. Há boites e clubes-nocturnos. No tempo do Miguel ( início dos anos 70, em Lagos só havia a boite a Fechadura, ali ao lado da bomba de gasolina da foto), logo naquele tempo é que era bom...
Naqueles tempos só havia o Miguel e uns amigos - filhos de papás ricos - a mergulharem na Costa Alentejana...
Oh filho o que tu queres sei eu!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007