E que me lembre, foi a primeira vez que escreveu direito por linhas tortas...
Deprimente!
Pensar que aquela manobra niilista e acobardada no anonimato conduziria a alguma coisa de positivo para a vida local é simplesmente paradoxal e trágico ao mesmo tempo.
Ficámos a saber que o sujeito, querendo dar-se ao incómodo, até conseguia juntar monossílabos e escrever de carreirinha...
Niilista profundo e imundo, acabou por "arrasar" tudo e todos, sem cuidar de mais nada.
No limite, acabou por "abrir alas" ao Partido Socialista. Paradoxalmente, estendendo a passadeira a uma solução de "alguém de fora tipo o autarca de Santarém", o que não deixa de ser curioso verificar, é que isso tanto pode servir para o PSD como para o próprio PS...
Pena não ter lido, na última Visão o texto do "Gato Fedorento", onde retratava com humor a figura desse autarca "ausente" de Santarém, a propósito dos muitos palpites que o mesmo deu no caso da menina desaparecida no Algarve (Maddie).
E quanto ao mais, resta saber quais os verdadeiros resultados do citado autarca escalabitano, para além do aspecto mediático em si concentrado...
Finalmente, uma despedida que nada trouxe de útil. Tudo espremido, qual foi a ideia que criou?!
O que é que quis provar, para além do vazio que tentou acalentar e alimentar com tanta determinação?! E a quem aproveitou esse vazio?
Não teria sido ao candidato socialista?!
Na sua despedida, tudo pareceu ficar definitivamente arrumado. Puro engano. Um logro!
Esteve perto de chegar a uma conclusão deveras interessante, quando dissertou sobre o resultado de 1989. Mas não foi ao fundo da questão...
Sim, a vitória de 1989 surpreendeu mais os próprios vencedores, do que os vencidos...
Só que do lado dos vencidos não havia, nessa altura, um niilista militante na blogosfera: um Pelicano com a Palha de Abrantes!
Vencidos, em 1989, foi no plural mais alargado que se possa imaginar: todos os votantes no PS ( 7 mil, se não estou em erro, contra 7.500 no PSD, apenas duas ou três centenas de votos a mais do que a Aliança Democrática em 1982). Não foi apenas o Engº Bioucas quem perdeu.
Aliás, entre os "vencidos" havia já os "vencedores" de 1994 bem posicionados para o "assalto ao poder", vindo de fora: não de fora dos socialistas, mas de fora de Abrantes.
Curiosamente, o Pelicano advoga essa solução: alguém de fora de Abrantes!
Só que se esqueceu de dois pormenores, que inviabilizam 1989: nem o PSD tem dois vereadores "impolutos" e alinhados com o pulsar das aspirações mais genuínas da terra, como era o caso, no mandato anterior a 89, nem o PS tem agora um professor - quando os professores eram olhados como gente infalível ou confiável - capaz de
surgir como novidade e desligado do passado deste executivo manchado com o processo em Tribunal e com as barbaridades do Aquapolis, Obras megalómanas, barragens, açudes submersos, indemnizações, museus ibéricos e esta tremenda crise económica que nos faz olhar a terra como a nossa última morada...
Portanto, o que vai valer em 2009 será a capacidade de quem conseguir demonstrar o maior apego à terra, e a melhor identificação com o sentir
mais popular e enraizado com a vivência das aldeias deste grande concelho, cujos fregueses se costumam cruzar entre si, em quatro ou cinco dias da semana pelas ruas da cidade, onde todos se acham munícipes citadinos...
Porque lá bem no fundo, na cidade, habitam muitos que ainda se sentem nascidos nessas aldeias deste grande concelho. E não se sentem muito orgulhosos do que este PS fez às suas terras...A maior parte deles, estão entre essa "maioria da Abstenção". Outros, votaram em branco, quando o "poder municipal", ainda era tolerado, como um mal necessário...
Nunca como agora as coisas estiveram tão claras. Tão claras que a saída do "negro" da Palha de Abrantes poderá ser sentido como um alívio...
Tanto quanto julgo saber, só restará um Cachoeira anónimo, que até pode ser o Pelicano "anónimo", com outras vestes, trocadas quiçá, no mesmo balneário onde formavam equipa...
Trabalho em rede?!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
BLOGUE PICO do ZÊZERE ABT
INICIADO em 27.10.2007