Qem ganha são os grandes escritórios e advogados que podem chamar aos seus gabinetes todos os proprietários de prédios e terrenos deste país e "intermediarem" in locco a venda.
O Bastonário dos Notários compara mesmo ao "time-sharing" dessas vendas que juntavam idosos em excursões dentro de hotéis ou restaurantes e depois de bem comidos e bebidos, onde tudo se vendia, mesmo sem os clientes quererem lá muito bem...
Nos exemplos apresentados hojeno Público prova-se que os preços não baixaram, bem pelo contrário...
Mas o perigo que mais espreita é a facilidade em se perder a confiança na titularidade da propriedade privada. Ao bom eito marxista, acrescente-e!
Cravinho ao falar das procurações irrevogáveis acertou em cheio. Ao não ser obrigatóriuo o registo senão nos imóveis, omitiram-se outras formas de transacções onde essas procurações escondem os verdadeiros donos das coisas...
É aí que pousa a corrupção...
Imaginem a transacção de empresas e negócios com procurações irrevogáveis pelo meio... Ninguém sabe muito bem qual foi o "off-shore" que a comprou!
Antº. Costa " esticou " demasiado a corda resumindo todo o problema à limpeza da floresta. Mas a que vai ser feita pelos privados. Pura falácia. O Estado, ainda tem muito mais a fazer. Faltam condições de dignidade social e económica aos rurais. Sobra muita floresta onde escasseia árvores de fruta, vinha e criação de gado. Uma vida equilibrada, rica e variada. Marcelo não escondeu quanto o segundo relatório aprofundou em relação ao anterior. Ainda havia (e há!) coisas por saber.
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INICIADO em 27.10.2007