(História verdadeira cuja acção foi transferida do Norte para o cabeço a Sul)
Na conhecida cidade lusitana de A…, o Marquês de S… pessoa de pensamentos romanescos a roçar a tontaria quis no maior recolhimento escrever muito, sobre o pouco que viu. E, omitindo ou dando a entender que o que existia de bom, germinou ao acaso, - tipo as ervas do campo – não conseguia perdoar aos homens nascidos na aldeia e freguesia de S…, que recolhessem os louros, desde que não fossem a título póstumo, o que de resto é sina deste pobre país. Publicou um manuscrito, e na lombada acrescentou-lhe ainda, os Títulos de Dirigente da Cooperativa (onde nunca cooperou), Director dos Idosos, e Director da Colectividade de S… (recusando comparecer ao Almoço em Homenagem aos Sócios Fundadores, apesar da presença dos Vereadores da lusitana cidade de A…, porque lhe repugnava a ideia de ter havido Fundadores).
Ninguém quis questionar tão inusitada “obra”. Uns porque nada sabiam, outros porque tinham raiva a quem soubesse. Outros já se davam por contentes por não verem os vizinhos mencionados. No resto, era o “Rei vai nu” para uns se fingirem sábios…
Estava reunido o ambiente mais que suficiente para os membros da família sentirem por obrigação, ter de manifestar a sua gratidão ao Marquês de S…, recolhendo na vaza, dois Valetes da História e uma Dama das Letras, o Pintor desse “Quadro”, e uma nota do intendente de Polícia, cuja prosa panegírica, já servira noutros despachos, como me foi dado comparar, com o que escreveu ao fundador de um “jornalinho de aldeia”, que até faria enjoar uma virgem donzela, como se grávida fosse.
Um dia, o Marquês de S…, esperou o tempo de Natal e com habilidosa perfídia lá enfiou uma prosa inócua disfarçada de “boa fada” e denunciou possesso de todo:
- «Às pessoas da aldeia e freguesia de S…esclareço que a foto do Retábulo da Matriz é pertença do Sr. Padre R…, que por empréstimo a cedeu a “alguém”, que por sua vez se recusou a cedê-la a mim, nobre Marquês de S… E esse “alguém” terá tido a insolência de não ter logo vindo a meus pés entregar a foto. Que seja banido e excomungado!»
Convirá esclarecer que nunca o Sr. Padre R… , conferiu ao nobre Marquês de S… mandato de cobrança ou captura. E o “alguém” continuou fiel depositário da foto. Tão pouco o Marquês de S… se lembrou por gentileza de oferecer ao dito Padre um exemplar da sua “obra”, nem de referir o nome do pároco, no escrito. Em rebate de consciência três meses depois da publicação desfez-se em encómios ao pároco, o que ilustra bem a índole e o carácter do Marquês de S...
Lembrou-se o Marquês de S… da foto porque o “jornalinho” desse “alguém”, a publicara uns anos antes. “ Jornalinho” que o Marquês de S… utilizara sem nunca pagar assinatura, ensaiando oito textos e fotos, publicitados à borla, transpondo para o seu escrito, sem cuidar de recolher a anuência desse mesmo jornalinho, como manda a lei. Essa inobservância pode dar apreensão do escrito. Mas, o coitado neO Marquês de S..m pensa…
Todavia, não satisfeito com essa artimanha, ainda lança as mais reles suspeitas sobre “alguém” que subscreve esta carta, o que mostra até onde a ignorância arrastou esse Marquês de S…, e o fez descer tão baixo. Fez o mal e a caramunha!
E, até na doação de uma reprodução da foto ao Jornal de A…, cujo arquivo merece crédito, e que só lhe facilitou o acesso à foto, como colaborador desse jornal, ainda assim, foi motivo de protesto, por quem só quer borlas. O que mostra até onde a ignorância torpe e a ardilosa manha, vestidas com pele de cordeiro, não escondem o pobre e acossado lobo. Não fala às pessoas. Urde artifícios. Escreve com leviana e áspide pena. Surpreende pela vileza. Confunde-se. Advoga o absurdo. E ainda recolhe crédito no jornal. Porém, há uma coisa que lhe escapou: a Verdade é como o azeite na água…
Na conhecida cidade lusitana de A…, o Marquês de S… pessoa de pensamentos romanescos a roçar a tontaria quis no maior recolhimento escrever muito, sobre o pouco que viu. E, omitindo ou dando a entender que o que existia de bom, germinou ao acaso, - tipo as ervas do campo – não conseguia perdoar aos homens nascidos na aldeia e freguesia de S…, que recolhessem os louros, desde que não fossem a título póstumo, o que de resto é sina deste pobre país. Publicou um manuscrito, e na lombada acrescentou-lhe ainda, os Títulos de Dirigente da Cooperativa (onde nunca cooperou), Director dos Idosos, e Director da Colectividade de S… (recusando comparecer ao Almoço em Homenagem aos Sócios Fundadores, apesar da presença dos Vereadores da lusitana cidade de A…, porque lhe repugnava a ideia de ter havido Fundadores).
Ninguém quis questionar tão inusitada “obra”. Uns porque nada sabiam, outros porque tinham raiva a quem soubesse. Outros já se davam por contentes por não verem os vizinhos mencionados. No resto, era o “Rei vai nu” para uns se fingirem sábios…
Estava reunido o ambiente mais que suficiente para os membros da família sentirem por obrigação, ter de manifestar a sua gratidão ao Marquês de S…, recolhendo na vaza, dois Valetes da História e uma Dama das Letras, o Pintor desse “Quadro”, e uma nota do intendente de Polícia, cuja prosa panegírica, já servira noutros despachos, como me foi dado comparar, com o que escreveu ao fundador de um “jornalinho de aldeia”, que até faria enjoar uma virgem donzela, como se grávida fosse.
Um dia, o Marquês de S…, esperou o tempo de Natal e com habilidosa perfídia lá enfiou uma prosa inócua disfarçada de “boa fada” e denunciou possesso de todo:
- «Às pessoas da aldeia e freguesia de S…esclareço que a foto do Retábulo da Matriz é pertença do Sr. Padre R…, que por empréstimo a cedeu a “alguém”, que por sua vez se recusou a cedê-la a mim, nobre Marquês de S… E esse “alguém” terá tido a insolência de não ter logo vindo a meus pés entregar a foto. Que seja banido e excomungado!»
Convirá esclarecer que nunca o Sr. Padre R… , conferiu ao nobre Marquês de S… mandato de cobrança ou captura. E o “alguém” continuou fiel depositário da foto. Tão pouco o Marquês de S… se lembrou por gentileza de oferecer ao dito Padre um exemplar da sua “obra”, nem de referir o nome do pároco, no escrito. Em rebate de consciência três meses depois da publicação desfez-se em encómios ao pároco, o que ilustra bem a índole e o carácter do Marquês de S...
Lembrou-se o Marquês de S… da foto porque o “jornalinho” desse “alguém”, a publicara uns anos antes. “ Jornalinho” que o Marquês de S… utilizara sem nunca pagar assinatura, ensaiando oito textos e fotos, publicitados à borla, transpondo para o seu escrito, sem cuidar de recolher a anuência desse mesmo jornalinho, como manda a lei. Essa inobservância pode dar apreensão do escrito. Mas, o coitado neO Marquês de S..m pensa…
Todavia, não satisfeito com essa artimanha, ainda lança as mais reles suspeitas sobre “alguém” que subscreve esta carta, o que mostra até onde a ignorância arrastou esse Marquês de S…, e o fez descer tão baixo. Fez o mal e a caramunha!
E, até na doação de uma reprodução da foto ao Jornal de A…, cujo arquivo merece crédito, e que só lhe facilitou o acesso à foto, como colaborador desse jornal, ainda assim, foi motivo de protesto, por quem só quer borlas. O que mostra até onde a ignorância torpe e a ardilosa manha, vestidas com pele de cordeiro, não escondem o pobre e acossado lobo. Não fala às pessoas. Urde artifícios. Escreve com leviana e áspide pena. Surpreende pela vileza. Confunde-se. Advoga o absurdo. E ainda recolhe crédito no jornal. Porém, há uma coisa que lhe escapou: a Verdade é como o azeite na água…