O jornalista João Miguel Tavares, no DN, um dia depois do que escreveu Mário Crespo no JN, não mostrou coragem alguma. Não sei mesmo se não mostrou "servilismo", não se sabe muito bem a que título...
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Escreveu JMTAVARES: " Quando o caso "Lisboagate" atinge um nome como o de Baptista-Bastos, é porque algo está podre no reino da Dinamarca. Numa breve troca de mails, Baptista-Bastos negou-me ter tido qualquer comportamento "reprovável" e eu não tenho qualquer razão para pôr em causa a sua verticalidade. ( Tenho que comentar a frase contraditória de JMTavares: Então qual a razão para insistir?!...).
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Mas também da forma como o faz não tenho dúvidas de que ele jamais deveria ter recorrido à câmara para conseguir uma casa. ( Então ia pedir a quem?! Ao Totta?!...).
O escritor Baptista-Bastos, que já tanto deu a Lisboa, podia ter direito a ser ajudado numa altura de dificuldade, como parece ter sido o caso.
O jornalista Baptista-Bastos, não. ( Oh, JMTAVARES, vai dar banho ao cão...)
Porque pediu um favor ao poder autárquico. ( Querias que pedisse à D. Maria Barroso ou à Srª de Jorge Sampaio ou ao MFA?!...)
Porque auferiu de um privilégio vedado ao cidadão comum. ( Vedado ao cidadão comum?! Ora essa até a vereadora do PS teve uma casa 20 anos e hoje está reformada com mais de 3000 euros mensais, o que significa bem quanto chorudo foi o seu ordenado... E ainda assim tem uma casa de cento e tal euros na Rua do Salitre... que fica entre a Avenida da Liberdade e o Príncipoe Real, para quem não cnheça Lisboa...).
Alguém que sempre foi moralmente exigente nos seus artigos de imprensa, que não perceba isto faz-me confusão. Quem, como ele, acredita na nobreza do jornalismo, tem de reconhecer uma cunha quando a vê. E, sobretudo, deve reconhecê-la quando a mete."
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Esta conversa do JMTAVARES é insidiosa e tola.
Baptista-bastos hoje no DN clarifica muita coisa. Ele viveu numa casa na velha Alfama 32 anos, onde chovia, as paredes estavam rachadas e ameaçava ruína, como quase todas as casas degradadas da "velha Lisboa". Solicitou uma vistoria à Cãmara como todos os inquilinos aflitos com as condições miseráveis das suas casas. Não é preciso fazer grandes exercícios mentais para perceber que em Alfama isso é uma realidade plausível.
A situação terá ocorrido depois de 1990.
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Esta data é importante porque o artigo do dia anterior no JN do Mário Crespo fala da sua entrevista em 1989 aos candidatos à CMLisboa ( Jorge Sampaio e Marcelo Rebelo de Sousa), que diante da denúncia de Mário Crespo sobre um prédio de vinte e tal inquilinos de construção recente algures na Quinta do lambert e propriedade da Câmara, acabou por ser ocupado por "inquilinos famosos", com profissões como as de advogados, arquitectos, gestores, engenheiros, jornalistas ( mais do que um) e até um director da RTP...
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Escritores não constava nenhum!
Jornalistas alguns!
Logo JMTAVARES está equivocado com o alcance da sua "sentença"...
Os entrevistados ( Sampaio, eleito presidente e Marcelo vereador em exercício), prometeram averiguar a situação. Até hoje!
Ora o pedido do Baptista-Bastos não é de forma alguma nada que não seja razoável de aceitar e de entender, dentro da lógica do artista a quem é preciso dar um abrigo. A sua humildade é reconhecida e não sei quem pudesse recusar esse pedido. E muito menos recusar esse pedido ( que não podia ser anónimo, mas ter sempre o nome sonante que tinha que ter...), com base na tola afirmação do JMTAVARES, de que ao escritor sim, mas ao jornalista não!!!
Será que o JMTavares mora numa barraca?!
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Ora o caso da vereadora e os casos da Quinta do Lambert não podem ser confundidos com a situação do Baptista-Bastos!
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JM Tavares não foi corajoso como li no blogue "Rua da Sardinha". Confesso que me desiludiu. Foi um mau texto seu...
E o lado "inquisitorial" não lhe ficou bem...
Até porque já tinha a notícia do Mário Crespo para poder discernir melhor e comparar os casos diametralmente opostos...