Não é de bom tom que quem nasceu em França se queira constituir no melhor exemplo de isenção na defesa do indefensável: quem vem de fora, vem de fora.
Tal facto ( o ter nascido fora da terra), não retira legitimidade aos candidatos. Mas, também não lhe dá legitimidade para tentar iludir o facto. E ao fazê-lo incorre desde logo, numa quebra de ética perante o eleitorado.
E é aí que tudo se complica... Sem necessidade!
.-.
Ninguém criticou ninguém por nascer fora da terra...
Nada de baralhar o jogo...
Criticou-se foi o facto de querer esconder essa situação diante do eleitorado e com assomos de superioridade ética!
.-.
Uma postura pela positiva deveria ser desde logo, a de se afirmar ao eleitorado como alguém que nasceu fora da terra, mas a quem essa terra não lhe é indiferente... E diante do eleitorado, penitenciar-se do facto, ao mesmo tempo que se afirmava conhecedor de algumas das questões mais sérias no concelho.
Só que entre tanta escrita que ditou para os jornais, nunca lhe encontrámos uma frase sequer, que denotasse preocupação ou empenho no que quer que fosse importante para uma freguesia qualquer ou para o concelho.
Nem ao menos sobre um fontanário encerrado ou danificado!
Dizer que vai agora ouvir os munícipes, sabe a pouco: a muito pouco!
.-.
Ora eu desde os meus dez anos que entro em câmaras. Acompanhava já o meu pai e ajudava a escrever os requerimentos, com uma letra mais bem desenhada do que meu falecido pai, que nessa altura ainda não tinha a 4ª classe.
Depois acabei por sofrer as burocracias, os desleixos, os incumprimentos, os atropelos e toda a série de prepotências que se geram sobre os munícipes que não conseguem obter dos serviços a melhor das colaborações que seria necessário implementar para se chegar a esse patamar das "cidades criativas", que também poderiam englobar as freguesias dos concelhos criativos...
.-.
Estas coisas não se ensinam nas escolas, nem nas faculdades...
E nem os professores as sabem para si, quanto mais para as ensinarem...
E nem os professores as sabem para si, quanto mais para as ensinarem...