A Marquesa de O ( título de uma obra notável de Heinrich von Kleist-1776-1811), começa assim:
« Numa conhecida cidade italiana de M..., a Marquesa de O..., uma senhora viúva de excelente reputação, mãe de vários filhos bem educados, mandou publicar , em vários jornais, a seguinte notícia:
- «que tinha engravidado, sem se dar conta; que era preciso que o pai da futura criança aparecesse e se identificasse; e que, por consideração para com a sua família, estaria disposta a casar com ele».
O enredo de uma gravidez pouco comum, que a história biblica não deixou de recolher num exemplo sem mácula: a Virgem Maria.
Nesta história, von Kleist dá-nos conta do castelo da marquesa num palco de guerra, cercado e pilhado por um bando de soldados, com a marquesa caída no chão e prestes a ser violada, não fora a intervenção corajosa e oportuna de um jovem oficial russo, que a ampara durante uns momentos antes desta desmaiar, já no quarto para o onde o galante oficial russo a encaminhara. Relatos posteriores da guerra deram-no como morto ou desaparecido. Afinal estava vivo. E ao responder ao anúncio, o herói era agora o violador. A relutância da marquesa, que em princípio estaria disposta a aceitar qualquer um como pai da criança, foi explicada na mestria de von Kleist, após a reconciliação, "numa hora de particular felicidade", com a marquesa abraçada ao oficial russo, dizendo-lhe comovida, que ele não teria parecido ser o demónio, se na sua primeira aparição, não lhe tivesse aparecido como um anjo.
- «que tinha engravidado, sem se dar conta; que era preciso que o pai da futura criança aparecesse e se identificasse; e que, por consideração para com a sua família, estaria disposta a casar com ele».
O enredo de uma gravidez pouco comum, que a história biblica não deixou de recolher num exemplo sem mácula: a Virgem Maria.
Nesta história, von Kleist dá-nos conta do castelo da marquesa num palco de guerra, cercado e pilhado por um bando de soldados, com a marquesa caída no chão e prestes a ser violada, não fora a intervenção corajosa e oportuna de um jovem oficial russo, que a ampara durante uns momentos antes desta desmaiar, já no quarto para o onde o galante oficial russo a encaminhara. Relatos posteriores da guerra deram-no como morto ou desaparecido. Afinal estava vivo. E ao responder ao anúncio, o herói era agora o violador. A relutância da marquesa, que em princípio estaria disposta a aceitar qualquer um como pai da criança, foi explicada na mestria de von Kleist, após a reconciliação, "numa hora de particular felicidade", com a marquesa abraçada ao oficial russo, dizendo-lhe comovida, que ele não teria parecido ser o demónio, se na sua primeira aparição, não lhe tivesse aparecido como um anjo.
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Para contrabalançar tanta fobia socialista pelas pontes...