Da discussão nasce a luz foi tema há muito desmentido em qualquer debate local, regional ou nacional. Qualquer aprendiz de feiticeiro pode colocar nas ruas da amargura uma verdade indiscutível.
Tomemos como paradigma as discussões no último “Prós e Contras”. Qualquer observador isento e sério concluiria tudo o que jamais nesse debate foi admitido como válido. Convenhamos que o arquitecto Ribeiro Telles sentado na sua fina ironia quase que chegava ao milagre das rosas. Mas nem mesmo ele conseguiu o pleno.
Primeiro, ficou patente que a nossa má relação com os números, já vai muito além das dificuldades congénitas pela matemática. Depois, um quilómetro de contentores empilhados não é um tapume. Tapume, tapume só mesmo de madeira, será?!
Porque ter uma altura de quinze metros não é uma barreira intransponível. Só faltou a um desses técnicos da governação da coisa pública provar que os quinze metros não são uma barreira intransponível, invocando os dezassete metros e tal, do triplo salto do Nelson Évora…
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Não há barreira quando existem frestas. E por pouco não ficou branqueado o forte de Caxias, onde as grades viradas ao Tejo eram assomos de Liberdade. No limite, o Forte de Peniche seria a homenagem à visão do poeta dos novos mundos ao mundo…
Os liliputianos de Swift nunca estiveram tão presentes.
Não há barreira quando existem frestas. E por pouco não ficou branqueado o forte de Caxias, onde as grades viradas ao Tejo eram assomos de Liberdade. No limite, o Forte de Peniche seria a homenagem à visão do poeta dos novos mundos ao mundo…
Os liliputianos de Swift nunca estiveram tão presentes.
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A habilidade em demonstrar os inconvenientes de um novo concurso público, pelos atrasos de meses ou anos na adaptação a novo padrão podem revolucionar por inteiro a Teoria do Direito. Qualquer curva de desvio é mera consequência da Terra ser redonda.
Mas os números são um mero exercício do passado. Dois e dois já não são quatro, como na anedota popular. Nem na alternativa de lhe retiraram o “e” pode chegar a vinte e dois. Dois e dois com hífen no meio é que são a nova verdade matemática do politicamente correcto ( 2-2= 0).
A habilidade em demonstrar os inconvenientes de um novo concurso público, pelos atrasos de meses ou anos na adaptação a novo padrão podem revolucionar por inteiro a Teoria do Direito. Qualquer curva de desvio é mera consequência da Terra ser redonda.
Mas os números são um mero exercício do passado. Dois e dois já não são quatro, como na anedota popular. Nem na alternativa de lhe retiraram o “e” pode chegar a vinte e dois. Dois e dois com hífen no meio é que são a nova verdade matemática do politicamente correcto ( 2-2= 0).
Vem lá no Magalhães.
No Magalhães vem tudo.
Foi uma perda de tempo a discussão durante meses ou anos para trocar a Ota por Alcochete a pretexto da poupança de meio milhão de euros. Agora a um domingo nacionalizaram-se 1.500 milhões de euros de desfalques num banco e ainda houve quem se gabasse de ter a consciência limpa.
Deixem-se de debates. Porque no meio de acesa e repugnante discussão, alguém com um pingo de vergonha na cara, ainda pode cair na tentação de dar um murro na mesa. E nesse momento, esse alguém com vergonha na cara, na expressão séria da sua revolta acabou por perder o debate, na secretaria dos “opinion-maker”, alinhados pelos “spin-doctors”. É o cinismo em toda a linha.
...(De um texto meu enviado para os jornais).
Deixem-se de debates. Porque no meio de acesa e repugnante discussão, alguém com um pingo de vergonha na cara, ainda pode cair na tentação de dar um murro na mesa. E nesse momento, esse alguém com vergonha na cara, na expressão séria da sua revolta acabou por perder o debate, na secretaria dos “opinion-maker”, alinhados pelos “spin-doctors”. É o cinismo em toda a linha.
...(De um texto meu enviado para os jornais).