Mais uma vez transcrevo a vermelho as palavras do colunista e a azul os meus comentários ao texto. E parágrafo a parágrafo aqui vou deixando a minha réplica.
Perguntarão os leitores, para quê peder tempo com essas coisas, quando vocês são da mesma área política e deviam era aliar-se e enfrentar o adversário comum que se chama Nelson, etc,etc...
Resposta: A clarificação é a condição fundamental para tudo. No final completarei esta ideia.
Vamos ao 1º parágrafo do texto e vejam a minha análise.
Escreve o autor Santana-Maia Leonardo:
« Em primeiro lugar e antes de mais, quero agradecer o convite que me foi endereçado pela direcção da Nova Aliança para poder continuar a publicar as minhas crónicas num jornal de Abrantes.
Aqui começa a primeira mentira, não sendo de desprezar a coincidência da Direcção do Nova Aliança ser presidida por uma advogada e o candidato ser um advogado, já apoiado por dois outros advogados de Abrantes. Para além desse aspecto algo afunilado e "corporativo" nesses apoios a advogada e directora do jornal da Igreja, julgo de origens alentejanas, casou com um abrantino com um apelido de uma família com prestígio no concelho (Soares Mendes). E esta posição é muito típica em Abrantes e ao mesmo tempo de uma fragilidade aterradora, porque quer resumir a vida de Abrantes à conveniência e ao nome de meia dúzia de famílias muito importantes, que depois mandam recado lá aos seus "capatazes" das aldeias, como o faziam nos velhos tempos, para lá prepararem os votos no filho do Sr. Fulano de Tal, Doutor ou Bacharel...
Reparem bem no sentido arcaico e primitivo desta mentalidade tacanha!
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A natureza do convite denuncia um favoritismo de "casta" e nada tem de isenta.
A mentira, essa cabe inteiramente ao colunista, que tenta justificar o convite com uma tremenda mentira, que compromete ao mesmo tempo quem o convidou.
Diz o colunista-candidato " para poder continuar a publicar as minhas crónicas num jornal de Abrantes".
Pura falácia!
Desde há três ou quatro anos, que o agora candidato é colunista permanente no jornal PRIMEIRA LINHA, de onde se despediu por sua livre iniciativa, há quinze dias ou três semanas, com a justificação, de que não queria escrever agora como candidato à Câmara, se não tivesse ao lado da sua coluna outro colunista chamado Nelson de Carvalho.
Nem mais! O novel candidato não fazia a coisa por menos... Não ia agora fazê-lo ao lado, digamos, do candidato do CDS.
Logo aqueles que falam em "coligação" deviam desde já meditar nessa inverossimilhança...
Aqui fica a mentira do candidato PSD.
Vamos ao parágrafo seguinte:
Eu sei que, para a maioria dos portugueses, é difícil compreender por que razão, sendo eu candidato à câmara de Abrantes pelo PSD, me recuso a escrever crónicas nessa qualidade. Mas a explicação é muito simples.
Em Portugal, infelizmente, as candidaturas ao que quer que seja (autárquicas, assembleias regionais e da república, associações, etc.) resumem-se, em regra, a dois tipos: unipessoais e terceiro-mundistas.
As candidaturas unipessoais são aquelas em que o candidato é o presidente, o treinador, o roupeiro, o jogador e o espectador. O candidato pode sempre falar em nome da sua candidatura porque a sua candidatura se resume a si próprio. Este tipo de candidaturas é, no entanto, bastante saudável e higiénico, porque, para além de servir para afagar o ego do candidato, serve também para descarregar o seu fel nos adversários, aliviando, desta forma, a sua bílis.
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Assim de repente o candidato PSD tanto podia estar a referir-se ao candidato presidente Nelson, como ao candidato CDS, os únicos ainda com presença na disputa eleitoral, um de forma implícita o outro de forma declarada.
Como o candidato Nelson não escreve nem "ataca" os adversários directamente, resta por exclusão de partes, o candidato do CDS.
É presidente da Concelhia CDS, logo é suspeito de se ter metido no CDS para se auto-nomear candoidato à Câmara. E vejo já alguns apressados a acenarem a cabeça e a gritarem:
" se não fosse presidente do CDS, nunca o tipo, o gajo era candidato..."
Ora aí está a segunda grande mentira insinuada pelo Candidato do PSD.
João Pico foi o candidato CDS às últimas autárquicas, em 2005. Nessa altura, era presidente da Concelhia o Dr. Joaquim Ribeiro, que é hoje meu vice-presidente.
Portanto o convite para candidato em 2005, não careceu da minha condição de dirigente máximo da Concelhia.
Filiei-me novamente no CDS, no final de 2005.
As razões da desfiliação devem-se à ruptura com as confusões e atribuladas ideias do então candidato do CDS/PP, Arqº Castelo Branco, que é agora um colaborador, embora meio ausente, do blogue do PSD.
É curioso, que ninguém fala no facto desse senhor já ter sido "militante " independente, depois dirigente do CDS e desde 2005 apoiante do PSD local, onde está agora...
Mais vale cair em graça do que ser engraçado...
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Mas há mais: Délio Madaíl, Presidente da Mesa e os vogais da Direcção concelhia, Fernando Taborda, Adelino Branco e Dr. Jorge Tavares, já haviam sido meus companheiros directivos no CDS de 1976 e 1979. E em 1982, o então presidente da Concelhia CDS, Dr. Manuel Macedo (Mesquitela) da Quinta da Capela em Rio de Moinhos, já me havia convidado à frente de Adelino Branco, num almoço a três no restaurante do Clube Hípico de Lisboa
E eu recusei esse convite alegando não ter ainda traquejo para o lugar.
Quem quiser que retire as suas conclusões e mostrem-me para aí muitos outros sinais deste desprendimento aos lugares...
Se quiserem dar o braço a torcer...
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Terceira mentira: Quando o candidato PSD tenta insinuar que a candidatura sou eu a falar sozinho, ele sabe que só fala assim por despeito e sabe que está a mentir, com quantos dentes tem.
O Candidato, sabe que Abílio Pombinho é meu vogal na direcção e um homem que comigo trabalha diariamente na candidatura e o mesmo se diga do vice-presidente Dr. Joaquim Ribeiro.
Ora tanto a um como a outro os recados e os convites têm chegado, para me deixarem isolado, para me deixarem a falar sozinho é o termo usado e irem para a "coligação": isto é, irem dar força a uma candidatura que não tem pernas para andar!
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Mais: o candidato esteve no programa da Rádio Tágide " O Muro do Barulho", onde conheceu o Abílio Pombinho, um dos comentadores residentes e no sábado seguinte lá foi ele ao Tramagal e acompanhado apenas do "jovem" Gonçalo Oliveira - vejam bem, que mais ninguém estava com o Sr. Dr., do que aquele jovem, mas pouco experiente presidente concelhio do PSD, o que leva a perguntar pelo tão propalado "staff" da candidatura. E deixa muito a desejar diante de outras conversas enfatuadas que o candidato PSD escreve por aí.
Lá está: bem prega Frei Tomás...
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Abreviando: Abílio Pombinho foi "pressionado" e insistentemente convidado para se juntar ao Candidato PSD, pois era uma pessoa que conhecia o terreno muito bem, como ninguém, e todos os elogios por aí fora, que no caso até são muito verdadeiros no retrato que fez do meu colaborador e companheiro dirigente.
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Era caso para perguntar, aqui que ninguém nos ouve, se o PSD não tem imensa gente conhecedora do terreno?!
E que atestado de menoridade o Candidato pregou no presidente Concelhio Gonçalo Oliveira.
Vejam bem a pobreza do estatuto pessoal, que esses dois candidatos à Câmara andam por aí a exibir, sendo certo que Gonçalo também será candidato...
Resta saber o que irá acontecer lá mais para a frente, quando tiverem que escolher lugares...
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Depois lá vem a bílis alheia. É pena que não comprove então a sua anacrolia!
Porque aquele parágrafo, ainda por cima a convite da Directora de um jornal da Igreja, como é o caso do " Nova Aliança", realmente, não parece nada consentâneo com o espírito cristão.
Para mais, quando o criticado, foi colaborador desse mesmo jornal durante mais de seis anos...
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Aqui está exposto, a razão de certos atropelos e de certas mentiras que de muitas vezes repetidas por alguns, já parecem verdades. E para mais proferidas num jornal da Igreja.
Agora, talvez já percebam melhor de que se eu alinhasse ao lado destas trapalhadas, poderia estar a prejudicar a verdade que quero ver defendida numa candidatura de alternativa séria e responsável.
Na minha vida nunca segui o caminho das trapalhadas. E aqueles que me criticam, só o fazem perturbados com a ideia de que eu iria instituir a verdade e a justiça na autarquia.
Comigo é o mérito que conta. E a verdade é para ser dita. Doa a quem doer!
Aliás, por mais que tentem, não conseguem encontrar incoerência, mudanças de opinião ao sabor dos ventos e marés.
Se me convencem ou me provam que estpou errado, não tenho a menor dificuldade em reconhecer que errei.
E quanto às minhas opiniões vou agora dizer-lhes uma grande verdade:
- TODOS os DIAS falo com muitas pessoas do concelho. Nunca tomo uma posição sem consultar pelo menos três dirigentes da Concelhia do CDS e ouvir outros três fregueses ou munícipes. E se a questão se mostrar controversa vou alargando essa consulta até me certificar de que chegámos à tal clarificação dos factos.
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Portanto a Candidatura do PSD não me mostra essa mesma postura. Veja-se o que já escrevi sobre aquelas três propostas abaixo, tomadas por uma candidatura que ainda não foi eleita... E já faz leis, onde o benefício próprio é flçagrante!
Que grande tiro nos pés!
Que grande tiro nos pés!
As candidaturas terceiro-mundistas, por seu lado, são aquelas que são compostas pelo candidato-rei e pelo seu séquito. Este é o tipo de candidaturas que, em regra, costuma disputar a vitória nas eleições realizadas em Portugal, assim como em Angola, na Venezuela e na Rússia. Apesar de o grupo ser, em regra, numeroso, a verdade, no entanto, é que só tem uma voz e só admite uma opinião: a do candidato-rei. O resto serve apenas para abanar a cabeça.
Acontece que não me revejo, nem sou capaz de encarnar, qualquer destes dois tipos de candidatura. Como diz um provérbio japonês, «se duas pessoas pensam da mesma maneira, uma é dispensável». Felizmente, sempre tive a inteligência de me saber rodear de pessoas mais inteligentes do que eu. A minha candidatura é, por isso, um projecto colectivo formado por pessoas com opiniões próprias, diferentes e, certamente, melhores do que as minhas em muitos aspectos. O espírito da minha candidatura está bem explícito na fala do homem do leme do poema “Mostrengo”: «Aqui ao leme sou mais do que eu: sou um povo que quer o mar que é teu.»
Ora, se me fosse pôr agora a falar, como candidato a presidente da Câmara de Abrantes, quando o grupo de pessoas que me vão acompanhar neste projecto está longe de estar fechado, seria estar a desvalorizar e a limitar, antecipadamente, a sua opinião.
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NOTA FINAL: Alguém me consegue explicar o que é que o artigo tem a ver com a vivência municipal ?
Alguém me pode explicar, mesmo que o candidato não seja o mais inteligente deles todos, se ainda assim, aquele grupo pode gerar alguma ideia sensata e útil?!