ABC da Embaixada das Bicas de S. Miguel na Encosta da Barata
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Arreciadas, uma povoação a uma ponta da freguesia de S. Miguel e Bicas à outra banda são duas povoações onde o insólito se confunde com a exclusão e a decrepitude.
Arreciadas tem limitações e impedimentos de toda a ordem para os fregueses construírem a sua própria casa nos seus próprios terrenos. O pretexto para a generosidade da Câmara se constituir em urbanizadora à custa da carteira dos fregueses. Gastou mais de cem mil contos, fora o ramal de águas pluviais de que se esquecera no projecto inicial, para concluída a urbanização em Novembro de 2001 colocar à venda os 23 lotes, dos quais só vendeu dois. Porque com o dinheiro do lote, qualquer freguês e seus familiares colocavam o telhado na casa nova. É essa a grande questão desdenhada pelos autarcas municipais. Pois eles não foram eleitos para cuidar destes pormenores.
Nem cuidou de evitar os cabos de alta tensão que cruzam a meio toda a urbanização municipal. Por aqui se vê o cuidado desta Câmara Municipal eleita por votos.
Às vítimas que teimam em construir a sua própria casa, nas suas terras, chamam-lhes especuladores imobiliários. E desde 1994 pairou um terrível silêncio sobre o assunto.
Por mais que procuremos na história, a separação de famílias, de pais e de filhos em tão elevada percentagem só sucedeu no nacional-socialismo dos campos de concentração nazi. Mas no nosso caso, vivemos sob a Constituição de 1976.
Arreciadas tem limitações e impedimentos de toda a ordem para os fregueses construírem a sua própria casa nos seus próprios terrenos. O pretexto para a generosidade da Câmara se constituir em urbanizadora à custa da carteira dos fregueses. Gastou mais de cem mil contos, fora o ramal de águas pluviais de que se esquecera no projecto inicial, para concluída a urbanização em Novembro de 2001 colocar à venda os 23 lotes, dos quais só vendeu dois. Porque com o dinheiro do lote, qualquer freguês e seus familiares colocavam o telhado na casa nova. É essa a grande questão desdenhada pelos autarcas municipais. Pois eles não foram eleitos para cuidar destes pormenores.
Nem cuidou de evitar os cabos de alta tensão que cruzam a meio toda a urbanização municipal. Por aqui se vê o cuidado desta Câmara Municipal eleita por votos.
Às vítimas que teimam em construir a sua própria casa, nas suas terras, chamam-lhes especuladores imobiliários. E desde 1994 pairou um terrível silêncio sobre o assunto.
Por mais que procuremos na história, a separação de famílias, de pais e de filhos em tão elevada percentagem só sucedeu no nacional-socialismo dos campos de concentração nazi. Mas no nosso caso, vivemos sob a Constituição de 1976.
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Bicas é uma povoação que se prolonga ao longo de cerca de dois quilómetros de estrada alcatroada, com dois ou três pequenos desvios transversais sempre para o lado de cima, onde ainda se vai podendo construir alguma coisa, pois para o lado debaixo dessa rua alcatroada nada mais se construiu desde 1994. Desde o ano em que o actual executivo PS assumiu funções e fez aprovar o PDM.
Por mais que procure no concelho exemplos de proibição, nada mais se parece com as Bicas, tirando a construção zero na Ribeira da Brunheta, no Souto. Naqueles dois quilómetros de alcatrão com valas capazes de engolirem um hipopótamo a par de outras valetas de alvenaria e arestas vivas, como se a sua finalidade não fosse escoar as águas mas torcer um pé ou rachar uma perna. Mas quem assim se queixou, sempre votou PS.
E a este propósito, uma interlocutora minha contava com que extremo cuidado se abeira todos os dias do carro do pão, parado à sua porta, pois ao menor descuido o pé pode escapar para a valeta, dando como certa a perna partida. E lá está a votar PS.Paradoxalmente, entre os mais velhos nas Bicas, e não só, ainda há quem protestando vivamente contra estas e outras situações, continua a votar nos mesmos.
Por mais que procure no concelho exemplos de proibição, nada mais se parece com as Bicas, tirando a construção zero na Ribeira da Brunheta, no Souto. Naqueles dois quilómetros de alcatrão com valas capazes de engolirem um hipopótamo a par de outras valetas de alvenaria e arestas vivas, como se a sua finalidade não fosse escoar as águas mas torcer um pé ou rachar uma perna. Mas quem assim se queixou, sempre votou PS.
E a este propósito, uma interlocutora minha contava com que extremo cuidado se abeira todos os dias do carro do pão, parado à sua porta, pois ao menor descuido o pé pode escapar para a valeta, dando como certa a perna partida. E lá está a votar PS.Paradoxalmente, entre os mais velhos nas Bicas, e não só, ainda há quem protestando vivamente contra estas e outras situações, continua a votar nos mesmos.