Ao estado a que isto chegou, como nunca imaginou o capitão Salgueiro Maia…
Ironia do destino, hoje temos um professor de Direito, que se chama Marcelo a defender o aval do Estado às dívidas contraídas por um banco sem reais garantias para tanto e cujos bancos credores, tão pouco cuidaram de acautelar essas garantias.
Talvez o distinto Professor de quem ainda fui um esporádico aluno, não se tenha apercebido deste novo “facto político” que ajudou a criar, que passa no limite, por “ despenalizar” a figura do “ Conto do Vigário”, potenciando as suas virtualidades muito além do espaço alfacinha, em redor da estação de Santa Apolónia.
Nem quero pensar nos negócios especulativos que por aí poderiam saltar, de bancos a pedirem empréstimos incomportáveis e as comissões que ainda recebiam dos bancos credores, depois destes serem indemnizados pelos avales do Estado.
Diante deste cenário dantesco, o primeiro aval deveria ir direitinho para a viagem de descida urgente de Cristo à Terra…
Nota: No dia 13 chegou a notícia da burla na bolsa de Nova Iorque e a detenção do seu alto responsável. O que reforça mais o sentido do texto ao apontar a ligeireza com que se prometem pagar empréstimos de bancos estrangeiros a outros bancos nacionais.
Se a moda pega, este país não vai poder fazer mais nada...
E a pergunta sacramental: o anúncio destes castigos aos administradores do BCP Milennium serve para limpar a má imagem deixada pelo Banco de Portugal em todos estes processos, até agora conhecidos?!