- « No entanto, a homenagem ficou marcada pela polémica e logo no dia seguinte a placa memorial foi retirada do local do acidente até que fosse aprovado o licenciamento pela Câmara Municipal de Abrantes.
Segundo fonte dos Bombeiros, tal facto estava previsto. A homenagem seria feita no dia 18 de Dezembro e a placa retirada no dia seguinte, até estar tudo legalizado. Mas houve quem não concordasse e se revoltasse contra a situação.
Elementos da corporação sentiram-se lesados e chegaram mesmo a apresentar uma participação na esquadra da PSP por considerarem que tal comportamento atentou contra os seus sentimentos.»
.-.
Esta situação inconcebível demonstra uma ausência de bom senso total, revela uma atitude abjecta e um comportamento surrealista a roçar o patológico.
O presidente da Câmara, o Chefe da Protecção Civil, o vereador do pelouro, o Comandante dos Bombeiros, a fazer fé na afirmação da "fonte dos Bombeiros", de que "tal facto estava previsto" ( no caso a remoção da placa no dia seguinte à homenagem, até estar tudo legalizado...), são os autores de uma preversa, ignóbil e absurda trama, que nega em absoluto, o sentimento de respeito pelo falecido, pelos colegas e pela Corporação em si e faz arrastar para a lama a necessária compostura inerente às chefias municipais e ao Comandante dos Bombeiros.
Consumada está , a avaliar pelo expressado, uma traição contra os mais nobres sentimentos dos Soldados da Paz.
Tudo isto enferma de atitudes pouco sensatas, imaturas e que nos deixam muito preocupados, quanto à fragilidade dos argumentos que sustentaram estas decisões, impróprias de um Comando Municipal de Protecção Civil.
No limite, esta gente não aparenta grande autoridade e grande capacidade e perfil psicológico adequado à função da Protecção Civil.
.-.
.-.
Quanto ao local escolhido para instalar aquela placa, onde mais sobressai a desprotegida foto do falecido, em moldura de vidro no eixo da cruz, mantenho as minhas reservas já assinaladas num comentário de ontem.
A protecção futura não é a melhor e tenho sérias dúvidas que essa lápide possa manter-se por muito tempo num local daqueles ermo, numa valeta de areia mal comprimida e sem o envolvimento das obras de alvenaria mais ajustadas.
.-.
Também não se percebe muito bem que tenha ficado por afixar no Quartel dos Bombeiros uma placa a assinalar o acontecimento.
Para mim, a lápide deveria permanecer no Quartel dos Bombeiros num átrio apropriado e bem vísivel e nunca ali na berma da estrada, com terra mal batida e sem arranjo dos passeios ou outra implantação mais adequada.