As rotundas evitam muitos choques de viaturas, mas criam uma desigualdade crónica e paradoxal, não obstante os sinais de perda de prioridade iguais para todos, à entrada de cada um dos acessos nas rotundas. Há sempre um condutor atrás de outro e mais outro, a obrigarem os condutores nas outras entradas a ficarem parados, como se tivessem pinos diante deles. Sim desses pinos que abundam pelo Centro Histórico de Abrantes.
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Burlesco sinal, este, para o Centro Histórico a transformar-se na coroa central de uma gigantesca rotunda com todos a andar à roda desse Centro inacessível. Mais uma rotunda do record da inutilidade, como a dos Plátanos. Exactamente essa, que não serve ao Inter-Marché; não serve ao Posto Médico; não serve ao Bairro dos Plátanos; nem serve às três ruas de Goa, Damão e Diu que podiam ligar a Alferrarede Velha.
A segunda rotunda é a do Olival, a que falta um desvio à direita, após a estação de lavagens do Elefante, e não recolheu os necessários acessos ao Retail Park.
A terceira, é a rotunda de Vale Rãs onde se passa duas vezes para se chegar ao Modelo ou para se sair do Retail Park.
Paradoxalmente, a Câmara adquiriu as Quintas das Arcas e do Vale de Rãs para um parque ambiental, mas o anúncio deste teleférico a Norte, qual defunto teleférico de há dez anos na Encosta Sul, parece o mau agoiro na saturada Avenida D. João I.
Burlesco sinal, este, para o Centro Histórico a transformar-se na coroa central de uma gigantesca rotunda com todos a andar à roda desse Centro inacessível. Mais uma rotunda do record da inutilidade, como a dos Plátanos. Exactamente essa, que não serve ao Inter-Marché; não serve ao Posto Médico; não serve ao Bairro dos Plátanos; nem serve às três ruas de Goa, Damão e Diu que podiam ligar a Alferrarede Velha.
A segunda rotunda é a do Olival, a que falta um desvio à direita, após a estação de lavagens do Elefante, e não recolheu os necessários acessos ao Retail Park.
A terceira, é a rotunda de Vale Rãs onde se passa duas vezes para se chegar ao Modelo ou para se sair do Retail Park.
Paradoxalmente, a Câmara adquiriu as Quintas das Arcas e do Vale de Rãs para um parque ambiental, mas o anúncio deste teleférico a Norte, qual defunto teleférico de há dez anos na Encosta Sul, parece o mau agoiro na saturada Avenida D. João I.
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Convenhamos, as Jornadas de História Local, trouxeram-nos uma boa notícia, de que foram encontrados imensos túmulos até agora desconhecidos, que atestam civilizações em Martinchel, Aldeia de Mato, Souto, Fontes e S. Facundo, há mais de 6.000 anos.
Convenhamos, as Jornadas de História Local, trouxeram-nos uma boa notícia, de que foram encontrados imensos túmulos até agora desconhecidos, que atestam civilizações em Martinchel, Aldeia de Mato, Souto, Fontes e S. Facundo, há mais de 6.000 anos.
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O que nos faz acreditar no nosso futuro, pese as incertezas deste presente.
Os 780 quartos do Ofélia Clube, cujo loteamento aprova 70 % da construção em fogos de habitação tipo T0, T1 e T2, caso os 15% para edifícios médicos demorem a instalar-se, por falta de médicos, que esperamos não afecte o corpo clínico do Hospital de Abrantes, pode configurar pelo excesso de oferta de apartamentos uma espécie de subprime abrantino. Porque naquele tipo de Condomínio Fechado para os idosos ricos da Escandinávia, quando foi concebido ainda não se sabia do colapso da Islândia e da recessão da Suécia, nem da crise que por aí anda e veio para ficar.
O que nos faz acreditar no nosso futuro, pese as incertezas deste presente.
Os 780 quartos do Ofélia Clube, cujo loteamento aprova 70 % da construção em fogos de habitação tipo T0, T1 e T2, caso os 15% para edifícios médicos demorem a instalar-se, por falta de médicos, que esperamos não afecte o corpo clínico do Hospital de Abrantes, pode configurar pelo excesso de oferta de apartamentos uma espécie de subprime abrantino. Porque naquele tipo de Condomínio Fechado para os idosos ricos da Escandinávia, quando foi concebido ainda não se sabia do colapso da Islândia e da recessão da Suécia, nem da crise que por aí anda e veio para ficar.
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Outra crise parece estar na transferência da Escola Superior, - a ESTA – para fora do Centro Histórico. Um mau negócio para Abrantes essa troca da juventude mais bem formada e a fonte de vida e alegria daquelas ruas do Centro Histórico, pelos idosos ricos, muitos deles acamados. Onde é que está o estudo de impacto para a cidade?
Outra crise parece estar na transferência da Escola Superior, - a ESTA – para fora do Centro Histórico. Um mau negócio para Abrantes essa troca da juventude mais bem formada e a fonte de vida e alegria daquelas ruas do Centro Histórico, pelos idosos ricos, muitos deles acamados. Onde é que está o estudo de impacto para a cidade?
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Claro que uma vereadora, já sabe onde gastar mais 150 mil euros numa Estação das Borboletas algures no Jardim do Castelo, como uma rota da biodiversidade.
Realmente com esta calma e sossego nas ruas desertas do Centro Histórico, nada melhor do que as borboletas a poisarem na memória dos canteiros dessa Abrantes, dita florida.
Tenho pena que Álvaro Batista o único técnico pesquisador em Abrantes e a colega Ana Rosa Cruz, do Tecnológico de Tomar, não nos possam adiantar mais nada por agora, sobre esses 6.000 anos de civilizações por aquelas freguesias do Baixo Zêzere e a excepcional S. Facundo a sul. E a pressa com que os organizadores das Jornadas Históricas quiseram arrumar a discussão, também não foi nada bonito de ver. Sempre eram 6.000 anos.
Uma dúvida me assaltou o espírito: será que nesses milhares de anos, era comum passar por cá algum governador, a inaugurar num dia para mandar afundar daí a três meses?!
Saberiam essas civilizações prever que nem depois da força da Metalúrgica, e do betão do açude, no séc. XXI, seria possível obter-se a Ponte no Tramagal?
Saberiam essas civilizações que Santarém, Cartaxo e Torres Novas têm os seus Terminais Rodoviários no coração da cidade e Abrantes construiu o seu fora da cidade?!
Compreenderiam que apesar da evolução da arquitectura e da Ordem instalada por cá, o Centro Histórico tem a Tapada do Chafariz, com as traseiras mal aproveitadas, no meio do triângulo com a Rua de Angola e a Rua D. João IV, mais o Parque de Jogos Dr. Rogério Ribeiro com um ringue em sub-cave, sem que ninguém pense em unir esses terraços aos armazéns da antiga Coreba, ali mesmo em cima de duas ruas de terra batida nas traseiras da Tapada do Chafariz?
Será que ainda teremos que esperar mais seis mil anos, para nessa altura chegarmos ao Centro Histórico, já só mesmo de teleférico, pese o adro de S. Vicente continuar no estacionamento tácito e privativo, para os funcionários municipais?!
Sosseguem entretanto, porque o executivo camarário já anunciou o Programa Integrado de Valorização do Centro Histórico de Abrantes. Foi uma pena não se terem lembrado mais cedo. É que ao fim de 15 anos houve dezenas de comerciantes que fecharam as portas, cansados de lutarem. Deliberadamente, alguém quis que as coisas chegassem a este ponto. E pior de tudo, houve muita cumplicidade dos eleitores municipais. Não acreditavam em bruxas! Mas que as há, há! Cuidado com os lobos vestidos com pele de cordeiro…
Claro que uma vereadora, já sabe onde gastar mais 150 mil euros numa Estação das Borboletas algures no Jardim do Castelo, como uma rota da biodiversidade.
Realmente com esta calma e sossego nas ruas desertas do Centro Histórico, nada melhor do que as borboletas a poisarem na memória dos canteiros dessa Abrantes, dita florida.
Tenho pena que Álvaro Batista o único técnico pesquisador em Abrantes e a colega Ana Rosa Cruz, do Tecnológico de Tomar, não nos possam adiantar mais nada por agora, sobre esses 6.000 anos de civilizações por aquelas freguesias do Baixo Zêzere e a excepcional S. Facundo a sul. E a pressa com que os organizadores das Jornadas Históricas quiseram arrumar a discussão, também não foi nada bonito de ver. Sempre eram 6.000 anos.
Uma dúvida me assaltou o espírito: será que nesses milhares de anos, era comum passar por cá algum governador, a inaugurar num dia para mandar afundar daí a três meses?!
Saberiam essas civilizações prever que nem depois da força da Metalúrgica, e do betão do açude, no séc. XXI, seria possível obter-se a Ponte no Tramagal?
Saberiam essas civilizações que Santarém, Cartaxo e Torres Novas têm os seus Terminais Rodoviários no coração da cidade e Abrantes construiu o seu fora da cidade?!
Compreenderiam que apesar da evolução da arquitectura e da Ordem instalada por cá, o Centro Histórico tem a Tapada do Chafariz, com as traseiras mal aproveitadas, no meio do triângulo com a Rua de Angola e a Rua D. João IV, mais o Parque de Jogos Dr. Rogério Ribeiro com um ringue em sub-cave, sem que ninguém pense em unir esses terraços aos armazéns da antiga Coreba, ali mesmo em cima de duas ruas de terra batida nas traseiras da Tapada do Chafariz?
Será que ainda teremos que esperar mais seis mil anos, para nessa altura chegarmos ao Centro Histórico, já só mesmo de teleférico, pese o adro de S. Vicente continuar no estacionamento tácito e privativo, para os funcionários municipais?!
Sosseguem entretanto, porque o executivo camarário já anunciou o Programa Integrado de Valorização do Centro Histórico de Abrantes. Foi uma pena não se terem lembrado mais cedo. É que ao fim de 15 anos houve dezenas de comerciantes que fecharam as portas, cansados de lutarem. Deliberadamente, alguém quis que as coisas chegassem a este ponto. E pior de tudo, houve muita cumplicidade dos eleitores municipais. Não acreditavam em bruxas! Mas que as há, há! Cuidado com os lobos vestidos com pele de cordeiro…