Ouvi ontem dois dirigentes do Abrantes Futebol Clube, na rádio. Conheço um deles, o presidente, com quem falei algumas vezes, sempre que fui comer ao seu restaurante. Os "secretos de porco na telha" têm uma especial preferência.
Apreciando a sua comida e confiando nela, não tenho razões para duvidar do que quer que seja do que disse ontem na reportagem que passou no noticiário da Rádio Tágide.
Actualmente teria uma despesa de 8.000 euros mensais, quando em 2004 teria uma despesa três vezes superior, 24.000 euros mensais.
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Mas soou aos meus ouvidos uma passagem da sua entrevista que confirmou a razoabilidade da proposta do Abrantes Popular - a candidatura autárquica do CDS à Câmara Municipal de Abrantes.
Precisamente, por verificar nessa passagem que o presidente Alberto Lopes havia conseguido obter a permanência e actuação com a camisola do AFC, de jovens jogadores vindos de vários clubes de escalão superior, por força das condições que a Cidade Desportiva proporcionava em serviços de ginásio, de saúde desportiva, de equipamentos desportivos disponíveis, etc., etc...
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ABRANTES tem para além desse equipamento, uma pureza ambiental, com a água mais pura do país depositada numa esplêndida albufeira - Castelo de Bode - uma oxigenação assente numa floresta, que merecia um cuidado redobrado na vigilância contra os fogos ( a rentabilidade da cidade desportiva também passava pelos Bombeiros mais bem apetrechados, pois o serviço de combate aos fogos é essencial, como o serviço de ambulâncias na prestação de assistência, e especialmente com o Quartel dos Bombeiros no Terminal Rodoviário - não importa as obras já terem avançado... Como Lavoisier, nada se perde tudo se transforma!).
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Diante destas situações privilegiadas, Rio Maior fica a perder em termos de Centro de Estágios.
Não se compara a pureza ambiental de Abrantes com Rio Maior que é francamente mais poluído.
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Olhando para aquele morro a norte da piscina exterior percebe-se facilmente onde podia ser implantado o novo hotel. E percebe-se desde logo, como o "aluguer" da piscina ao hotel enchia não só os cofres municipais de receita directa, como ainda libertava a Câmara de despesas de manutenção.
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É aqui que está toda a diferença em quem diz que o Estádio e a Cidade desportiva é municipal e há-de continuar municipal e quem diz que a "ocupação" plena desse espaço devidamente rentabilizado pagava toda a despesa do fomento desportivo do concelho, sem beliscar a mínima possibilidade de o dobro ou o triplo dos municípes virem a usufruir desse espaço em condições vantajosas.
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Depois os fluxos turísticos eram uma questão de efeitos de bola de neve...
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A soberba não conduz a parte alguma.
E a sobranceria petulante de vir com o Einstein também não cola por cá.
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Finalmente, fica a tristeza de que nós não gostamos mesmo nada de ouvir os outros e debater as coisas como num "brainstorming".
Estava tudo ali às nossas mãos. Como foi mesquinha a queda diante de uns "míseros" 100 ou 200 mil euros capazes de se diluírem no tempo e acabarem em metade, dando o dobro das possibilidades de regeneração e evitando o mau nome de Abrantes.
É que hoje vou estar na FIL e afinal a promoção de lá pode estar já inquinada ou pelo menos debilitada. Muito debilitada.