Corolário destes 35 anos de poder local, a vida municipal acabou refém destes oportunismos enleados em logros e falácias. Como tudo foi diferente do que pareceu possível em 1974. Hoje, o presidente de câmara por força do controlo destes 15 anos, aparece como um coleccionador de candidatos à junta das freguesias. Enquanto, as freguesias, há muito que deixaram de ser ouvidas. O último presidente de Câmara do Estado Novo, o Prof. Esteves Pereira, já reunia com os fregueses nas sedes de freguesia, como me foi dado assistir em 1973 no Souto. Nada disso vimos nestes últimos 15 anos.
O excessivo alinhamento das juntas com os partidos roubou toda a dinâmica à sociedade civil. E as estruturas partidárias temem os movimentos de cidadania. Instalou-se a desconfiança e tudo o que mexe só nasce do marketing partidário e não da cidadania.
Anda por aí uma candidatura que não encontrando nomes para a câmara, mais não faz do que mostrar candidatos às juntas e colocá-los a seu lado. Confesso que esperava muito mais de um jurista. Um presidente de câmara não deveria mostrar tanto afinco em colar a si os candidatos às juntas pelo seu partido. Há um mínimo de isenção do cargo de presidente de câmara, que não permite misturar as coisas.
Tramagal e Alferrarede mostraram já como o presidente de câmara e o presidente de junta da mesma cor partidária nem sempre resulta. Fontes foi melhor tratada antes de se transferir para o PS - o alcatrão nas ruas foi em 2005, e nada mais houve.
Um presidente de câmara tem que saber ser isento para todos os seus munícipes. E é a isenção e a equidade a todos, que o deve nortear.
Vale das Mós e Mouriscas são dois bons exemplos, onde qualquer presidente de Câmara encontra nos actuais presidentes de junta exemplos de dedicação. E também Carvalhal, S. Facundo e as Fontes poderiam ser disso exemplo. Contudo a haver outras candidaturas, elas teriam sempre que nascer com um pulsar genuíno vindo do sentir interior dos fregueses. E nunca por insidia dos partidos em dividir para reinar.
Dar liberdade de fixação, agilizar o PDM e promover aprovações em apenas 30 dias libertava os funcionários municipais para outras tarefas, para descerem às freguesias e inventariarem situações e elaborarem planos de pormenor em ruas deformadas com curvas a mais, talude ou barracões a atrofiarem ruas sem beleza e sem encanto.
A água do Castelo de Bode em todo o concelho, centralizando todo o sistema de tratamentos na etar única racionalizava os custos, fazendo a água baixar para metade do que se vem praticando. A água ao preço de Lisboa, o que nem era nada de mais.
No entanto, todos os meses saem mais surpresas desagradáveis, como as novas taxas.
O poder local socialista errou por falta de afectos. Quis a luxúria da cidade média e desprezou uma ideia fulcral e legal: o concelho é o somatório de 19 freguesias. Toda as políticas que desvirtuaram essa legalidade foram espúrias e insensatas. Hoje o concelho parece perdido. E não se vê quem pense nessa retoma fundacional.
Restituir o concelho aos fregueses das 19 freguesias é o objectivo de ordenamento estratégico e de coesão mais necessário. É essa a matriz. O resto é propaganda enganosa. Como esse papão dos 500 nomes que PS e PSD agitam por aí. Como se só esses partidos tivessem 500 nomes e os 35 mil eleitores ficassem atados de pés e mãos.
As freguesias ao contrário do que veio agora dizer a candidata do PS, perderam mesmo qualidade de vida. Ninguém sabe se ainda irão existir dentro de dez anos. E essa angústia nunca poderá ser tomada como qualidade de vida. Haja decoro!
O excessivo alinhamento das juntas com os partidos roubou toda a dinâmica à sociedade civil. E as estruturas partidárias temem os movimentos de cidadania. Instalou-se a desconfiança e tudo o que mexe só nasce do marketing partidário e não da cidadania.
Anda por aí uma candidatura que não encontrando nomes para a câmara, mais não faz do que mostrar candidatos às juntas e colocá-los a seu lado. Confesso que esperava muito mais de um jurista. Um presidente de câmara não deveria mostrar tanto afinco em colar a si os candidatos às juntas pelo seu partido. Há um mínimo de isenção do cargo de presidente de câmara, que não permite misturar as coisas.
Tramagal e Alferrarede mostraram já como o presidente de câmara e o presidente de junta da mesma cor partidária nem sempre resulta. Fontes foi melhor tratada antes de se transferir para o PS - o alcatrão nas ruas foi em 2005, e nada mais houve.
Um presidente de câmara tem que saber ser isento para todos os seus munícipes. E é a isenção e a equidade a todos, que o deve nortear.
Vale das Mós e Mouriscas são dois bons exemplos, onde qualquer presidente de Câmara encontra nos actuais presidentes de junta exemplos de dedicação. E também Carvalhal, S. Facundo e as Fontes poderiam ser disso exemplo. Contudo a haver outras candidaturas, elas teriam sempre que nascer com um pulsar genuíno vindo do sentir interior dos fregueses. E nunca por insidia dos partidos em dividir para reinar.
Dar liberdade de fixação, agilizar o PDM e promover aprovações em apenas 30 dias libertava os funcionários municipais para outras tarefas, para descerem às freguesias e inventariarem situações e elaborarem planos de pormenor em ruas deformadas com curvas a mais, talude ou barracões a atrofiarem ruas sem beleza e sem encanto.
A água do Castelo de Bode em todo o concelho, centralizando todo o sistema de tratamentos na etar única racionalizava os custos, fazendo a água baixar para metade do que se vem praticando. A água ao preço de Lisboa, o que nem era nada de mais.
No entanto, todos os meses saem mais surpresas desagradáveis, como as novas taxas.
O poder local socialista errou por falta de afectos. Quis a luxúria da cidade média e desprezou uma ideia fulcral e legal: o concelho é o somatório de 19 freguesias. Toda as políticas que desvirtuaram essa legalidade foram espúrias e insensatas. Hoje o concelho parece perdido. E não se vê quem pense nessa retoma fundacional.
Restituir o concelho aos fregueses das 19 freguesias é o objectivo de ordenamento estratégico e de coesão mais necessário. É essa a matriz. O resto é propaganda enganosa. Como esse papão dos 500 nomes que PS e PSD agitam por aí. Como se só esses partidos tivessem 500 nomes e os 35 mil eleitores ficassem atados de pés e mãos.
As freguesias ao contrário do que veio agora dizer a candidata do PS, perderam mesmo qualidade de vida. Ninguém sabe se ainda irão existir dentro de dez anos. E essa angústia nunca poderá ser tomada como qualidade de vida. Haja decoro!