Desafio o Sr. Luís a daqui a 24 horas voltar a ler duas vezes seguidas tudo quanto escrevi. E se eu não tive razão em lamentar e protestar pelo facto, de só ao fim de quase duas horas ter podido ouvir alguém falar do presente e do futuro da terra.
Pouco importa se foi essa a vontade ou o pedido feito pelos organizadores aos convidados.
Estes tinham a obrigação de tomar em consideração o tempo que estavam a ocupar com as suas histórias de um passado, que não era novidade alguma para a maioria dos presentes, pessoas muito mais velhas do que os quatro oradores virados ao passado...
Porque nunca houve três a falar do passado e três a falar do futuro, como o Sr. Luís escreveu. Houve, isso sim, quatro a falar do passado e o quinto a falar do estudo da Universidade de Évora: o futuro!
Aqui, a organização cometeu um erro de agenda desfocada. Não querer aceitar essa crítica é pura e grosseira sobranceria. Ouvi muitos protestos em surdina, pelo arrastar da conversa repisada dos lagares de azeite, dos carros de bois, do barro, das ceiras e da lista de todos os artistas da canção nacional, lidas por um antigo locutor de rádio, que mal acabou de falar abandonou de imediato a sala...
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Como muito bem observou um jovem estudante de Direito, não houve o cuidado de chamarem os jovens, nem colocar nenhum jovem a falar na Mesa.
E esse jovem era das Mouriscas. Não era político. Logo foi uma lacuna grave da organização.
Depois o tempo faltou para um debate mais aprofundado.
Não admira que de 1. 786 eleitores só lá estivessem menos de 70. Porque havia três ou quatro pessoas de fora... E mais de 1.700 ausentes!!!
Esse aspecto não pode ser escamoteado. As terras não podem evoluir se não levarmos esses aspectos em consideração.
MOURISCAS só tinha a ganhar se o Sr. Luís fosse tomar conselho com os demais membros da Associação e questionar da razão das minhas críticas menos simpáticas para quem se acha o centro do mundo, mas muito importantes para o futuro e o progresso da terra.
Mouriscas precisa de pegar nas coordenadas desse estudo académico, pois são poucas as terras neste país que se podem orgulhar de estudos dessa categoria.
E não vi mais ninguém desses quatro elementos da Mesa preocupados com a discussão dos temas abordados pelo Prof. Luís Barbosa, que conheci ali naquele dia. Ficaram indiferentes ao que esse Professor explicou.
Foi isso que me indignou profundamente. Mouriscas não pode permitir essa indiferença.
Já agora desafio o Sr. Luís a escrever uma carta subscrita e assinada por todos os 5 membros da Mesa e com a assinatura de pelo menos vinte ou trinta nomes de pessoas, dos 74 ali presentes.
É que isto de falar em nome dos outros tem que se lhe diga. Não colhe a jogada de vir "defender a honra dos ofendidos", pois não houve ofensa a ninguém. Houve uma crítica livre a um modo de condução dos trabalhos que não resultaram tão proveitosos quanto seria desejável.
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O facto de ter lá estado alguém que poderá a partir de Outubro ser presidente da Câmara ou pertencer ao executivo municipal, nunca poderia ser motivo do ataque cego e absurdo promovido por um organizador dessa reunião.
Isso cabe lá na cabeça de alguém, que se ataque um candidato à Câmara que teve o interesse em estar a observar e a ouvir os problemas locais.
Não pedi que me agradecessem. Mas ao menos que me respeitassem. Tão pouco usarem o nome de meu falecido Pai, quando ainda está fresca a data da sua morte. Eu chamo-me João.
Nota: Insisto neste aspecto, que o dito organizador não quis explicar: porque razão estando lá nesse fim de semana, seguramente mais de dois milhares de mourisquenses e seus familiares, somente marcaram presença cerca de setenta pessoas?!
É que por minha iniciativa levei lá sete mourisquenses comigo. Sete entre setenta! Não acha curioso?!
Agora diga-me lá se a sua arrogância em pedir para não voltar a pôr lá os pés, se são dignas de um organizador ou de um dirigente associativo.
Ponha a mão na sua consciência e peça aos outros 70 presentes se subscrevem essa sua teimosia e má educação?!
Estamos conversados.