Segundo o Mirante one line
Carta arqueológica de Abrantes é o resultado de 16 anos de investigação
A criação de um conjunto de rotas arqueológicas a “disseminar um pouco por todo o concelho” é um dos resultados da conclusão da carta Arqueológica de Abrantes, que sinalizou vestígios no total das 19 freguesias.
Isilda Jana, vereadora com o pelouro da Cultura, disse que “a profusão de sítios, materiais e vestígios arqueológicos” registados no território concelhio “estão agora registados em documento o que permite inventariar, investigar, preservar e divulgar os mais emblemáticos ou os mais importantes em termos históricos e turísticos”.
Segundo disse, “o processo de criação da Carta Arqueológica demorou 16 anos a concluir, pela dimensão do território concelhio (cerca de 700 quilómetros quadrados), mas também pelo grande volume de trabalho uma vez que os arqueólogos e historiadores encontraram e registaram uma profusão de vestígios em todas as 19 freguesias do território concelhio”.
“O facto de Abrantes se situar na confluência de três regiões (Ribatejo, Beira e Alentejo), com solos férteis e uma rede hidrográfica importante, de onde se destaca o rio Tejo mas também o Zêzere e um conjunto imenso de ribeiras , fazia com que as populações se fixassem e ocupassem este território de forma permanente ao longo dos tempos”.
“O resultado foram 16 anos de trabalho intenso, devido aos vestígios abundantes, e que nos permite dizer que esta Carta Arqueológica é um ponto de chegada mas que é também, ao mesmo tempo, um ponto de partida”, afirmou.
Segundo disse Isilda Jana, “com o sinalizar e o registo de todos os sítios com vestígios históricos, podemos agora partir para a preservação, para mais investigação mas também para a divulgação de alguns locais pelo que a autarquia decidiu criar um conjunto de rotas arqueológicas, que definiremos e disseminaremos um pouco por todo o território concelhio em estreita colaboração com o futuro Museu Ibérico de Arquelogia e Arte”.
Segundo disse à Lusa Álvaro Baptista, um dos arqueólogos coordenadores da Carta Arqueológica, o documento foi elaborado por freguesias e “em todas elas existem vestígios, diferentes entre si”.
“Ao longo do rio Tejo, a sul do concelho, os vestígios encontrados vão desde o Paleolítico à época Visigótica, sendo os mais ricos provenientes, essencialmente, das estações paleolíticas, neolíticas, calcolíticas, romanas e visigóticas nas freguesias de Alvega, Mouriscas, Alferrarede, Rio de Moinhos, Tramagal e Bemposta, onde existe um caminho que ligava Portugal a Espanha”.
“Apesar das baixas expectativas, ao alargarmos a investigação às freguesias do norte do concelho foram revelados vestígios de arte rupestre, do período do Bronze final e da Idade do Ferro, com vertentes megalíticas ligadas aos rituais fúnebres”.
Segundo afirmou o arqueólogo, “muitos destes locais estão encontrados e sinalizados mas nunca foram escavados”.
“A Carta Arqueológica significa apenas um ponto de chegada porque há muito a fazer. O território é muito grande e é preciso ‘palmilhar’ metro a metro porque existe muita riqueza”, concluiu.
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A QUESTÃO É ESTA: Como é que nas VI Jornadas Culturais de 30 de Novembro, Álvaro Batista da CMA e Ana Rosa Cruz do Politécnico de Tomar, numa palestra a que assisti na Biblioteca Municipal, só falaram nos "achados arqueológicos" de há 6.000 anos e a sul apenas indicaram vestígios em S. Facundo e Amoreira em Rio de Moinhos, e agora acrescentaram várias freguesias mais ( Tramagal, Alvega, Bemposta, Mouriscas e Alferrarede).
Se o trabalho já levava 16 anos, não foi desde Novembro para cá que surgiram essas novas 5 freguesias, pois não?!
OU TUDO ISTO TEM A VER COM O PRETEXTO PARA JUSTIFICAR ESSE "elefante branco" de mais 10 ou 20 milhões do MUSEU IBÉRICO, cujo projecto atinge a bonita verba de 750 mil euros e terá a assinatura do Arqº. Carrilho da Graça?!
Um nome sugerido pelo colecionador João Estrada, como rezava a Acta da CMA.