Não demorou 16 anos o trabalho que foi agora aproveitado à pressa, para dar cobertura ao Museu de Arqueologia.
Como escrevi no " Jornal de Abrantes" em Dezembro último, no "ABC da Cultura Murcha", pode-se ver a manipulação dos factos.
Albardou-se o burro à vontade do dono...
Dá jeito, agora para enquadrar com o Museu de Arqueologia Ibérico, vir falar das descobertas que ninguém na CMA cuidou de fazer atempadamente. O técnico arqueológico da Câmara de Abrantes foi só um : Álvaro Batista.
De Tomar a técnica foi Ana Rosa Cruz, que por sinal muito pouco acarinhados foram na Sessão de Dezembro último na Biblioteca Municipal.
ABC de uma Cultura Murcha
(como então escrevi no Jornal de Abrantes, em Dezembro)
«Afinal que cultura é esta, quando ao fim de trinta anos de pelouros e políticas culturais neste Poder Local ( e nem vale a pena espreitar sobre os nomes que por lá passaram em vão), fomos surpreendidos nestas VI Jornadas de História Local com duas situações, quando nessa acolhedora sala da Biblioteca Municipal António Botto, (pese a partida daqueles fios de água que irromperam do tecto), fomos confrontados com essa serôdia divulgação, - os 6 000 anos de civilizações Pré-históricas no Baixo Zêzere e a biografia desconhecida de D. Lopo de Almeida, o 1º Conde de Abrantes feita por uma estudante lisboeta.
Foi como se antes pouco ou nada tivesse sido feito ou no limite, como se a política cultural começasse agora, a olhar para dentro do município, dando razão ao que aqui observara do encontro que tivera com o Prof. Hermano Saraiva há umas semanas atrás, a quem apresentei um dos descendentes dos Almeidas, o Dr. Joaquim Ribeiro, quando o insigne Mestre nos apontava a História e a sua centralidade no rectângulo nacional, como uma forte atracção turística. Curiosamente, Tomar atacou com oportunidade no seu orçamento a valorização do itinerário das cidades com História, juntando-se a Alcobaça, Batalha e Ourém e onde não constava Abrantes. Logo o Aquapolis e a rota das Borboletas, não entusiasmaram mesmo nada os nossos vizinhos…
A primeira situação, teve a ver com a descoberta – só agora – de sinais da existência de civilizações pré-históricas no Baixo Zêzere, há mais de 6 000 anos, como o demonstraram os dois pesquisadores, Ana Rosa Cruz (por lapso, escrevi Ana Santos, no último texto), do Politécnico de Tomar e Álvaro Batista, o único técnico credenciado da Câmara Municipal de Abrantes, que nos deixaram os testemunhos das pedras tumulares que identificaram em Martinchel, na Aldeia de Mato, na Amoreira, no Souto e nas Fontes. O que só por si, podia forçar Tomar e o Governo e a CE, a uma reformulação do tal itinerário das Cidades com História.
A segunda situação, com o trabalho de pesquisa bem documentada sobre a vida e obra de D. Lopo de Almeida, o 1º Conde de Abrantes, uma figura de relevo na vida nacional do seu tempo e um verdadeiro homem da Renascença. Paradoxalmente, a CMA apoiou foi um livro notável é certo, mas que exortava a passagem dos Filipes por Abrantes, talvez por incorporar uma secreta mensagem que pretendia enaltecer os que vieram de fora até Abrantes…
Este trabalho da biografia do 1º Conde de Abrantes não foi feito por nenhuma equipa orientada pelo departamento cultural da câmara, nem executado por nenhum estudante abrantino. Partiu da vontade genuína de uma jovem cujos pais têm uma casa no Mação e que colheu esse anúncio na Internet na sua Faculdade de História em Coimbra, onde frequenta o 3º ano e que o júri do Prémio Eduardo Campos, soube valorizar com inegável mestria e oportunidade, que é justo aqui reconhecê-lo. O júri acabou por cativar uma lisboeta, que a partir de agora está, inegavelmente, de alma e coração com Abrantes.
Isto deixa-nos apreensivos, porque não sabemos até que ponto haverá um défice de liberdade cultural ou outro “enfeudado cultural” qualquer, capaz de retardar o brotar das ideias e dos trabalhos intelectuais, que pressentimos poderem existir pelo concelho?!»
«Afinal que cultura é esta, quando ao fim de trinta anos de pelouros e políticas culturais neste Poder Local ( e nem vale a pena espreitar sobre os nomes que por lá passaram em vão), fomos surpreendidos nestas VI Jornadas de História Local com duas situações, quando nessa acolhedora sala da Biblioteca Municipal António Botto, (pese a partida daqueles fios de água que irromperam do tecto), fomos confrontados com essa serôdia divulgação, - os 6 000 anos de civilizações Pré-históricas no Baixo Zêzere e a biografia desconhecida de D. Lopo de Almeida, o 1º Conde de Abrantes feita por uma estudante lisboeta.
Foi como se antes pouco ou nada tivesse sido feito ou no limite, como se a política cultural começasse agora, a olhar para dentro do município, dando razão ao que aqui observara do encontro que tivera com o Prof. Hermano Saraiva há umas semanas atrás, a quem apresentei um dos descendentes dos Almeidas, o Dr. Joaquim Ribeiro, quando o insigne Mestre nos apontava a História e a sua centralidade no rectângulo nacional, como uma forte atracção turística. Curiosamente, Tomar atacou com oportunidade no seu orçamento a valorização do itinerário das cidades com História, juntando-se a Alcobaça, Batalha e Ourém e onde não constava Abrantes. Logo o Aquapolis e a rota das Borboletas, não entusiasmaram mesmo nada os nossos vizinhos…
A primeira situação, teve a ver com a descoberta – só agora – de sinais da existência de civilizações pré-históricas no Baixo Zêzere, há mais de 6 000 anos, como o demonstraram os dois pesquisadores, Ana Rosa Cruz (por lapso, escrevi Ana Santos, no último texto), do Politécnico de Tomar e Álvaro Batista, o único técnico credenciado da Câmara Municipal de Abrantes, que nos deixaram os testemunhos das pedras tumulares que identificaram em Martinchel, na Aldeia de Mato, na Amoreira, no Souto e nas Fontes. O que só por si, podia forçar Tomar e o Governo e a CE, a uma reformulação do tal itinerário das Cidades com História.
A segunda situação, com o trabalho de pesquisa bem documentada sobre a vida e obra de D. Lopo de Almeida, o 1º Conde de Abrantes, uma figura de relevo na vida nacional do seu tempo e um verdadeiro homem da Renascença. Paradoxalmente, a CMA apoiou foi um livro notável é certo, mas que exortava a passagem dos Filipes por Abrantes, talvez por incorporar uma secreta mensagem que pretendia enaltecer os que vieram de fora até Abrantes…
Este trabalho da biografia do 1º Conde de Abrantes não foi feito por nenhuma equipa orientada pelo departamento cultural da câmara, nem executado por nenhum estudante abrantino. Partiu da vontade genuína de uma jovem cujos pais têm uma casa no Mação e que colheu esse anúncio na Internet na sua Faculdade de História em Coimbra, onde frequenta o 3º ano e que o júri do Prémio Eduardo Campos, soube valorizar com inegável mestria e oportunidade, que é justo aqui reconhecê-lo. O júri acabou por cativar uma lisboeta, que a partir de agora está, inegavelmente, de alma e coração com Abrantes.
Isto deixa-nos apreensivos, porque não sabemos até que ponto haverá um défice de liberdade cultural ou outro “enfeudado cultural” qualquer, capaz de retardar o brotar das ideias e dos trabalhos intelectuais, que pressentimos poderem existir pelo concelho?!»
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A história está muito mal contada...
Andaram "a dormir na forma", para agora virem à pressa quererem mostrar trabalho alheio!