Como se percebe a sala está muito
bem composta e eu estou sentado
na antepenúltima fila.
Um serôdio comentador do blog
achou por "bem" falar do encontro
Mouriscas em Movimento.
No 1º parágrafo, para dizer que não
é das Mouriscas mas esteve lá, por o
prenderem à terra laços de família.
No 2º parágrafo, elogiou os promotores
dessa reunião.
Depois surgiram vários parágrafos apontados para mim. Nem posso dizer que está contra, nem a favor...
Parodiando, diria: ANTES PELO CONTRÁRIO!...
Leia-se este excerto:
«O único momento que suscitou algum burburinho, foi quando um participante, que se apresentou como candidato à autarquia, falou. Na minha opinião, acho que o senhor em causa ( referindo-se à minha pessoa) fez muito bem em ter aparecido, acho até que todos os candidatos deveriam ter participado, não para fazerem campanha eleitoral, mas para melhor compreenderem os problemas dos seus eleitores.
Acho que o único “pecado” do referido senhor foi a forma como se apresentou. Teria, em minha opinião, ganho em apresentar-se com alguma humildade (entretanto já percebi que esta não é uma palavra que conste do seu léxico), dizer que se tinha ali deslocado para poder perceber o que aflige as pessoas, para que, caso seja eleito, melhor poder resolver os problemas. .
Não foi o que aconteceu. Chegou, e do alto do seu pedestal, resolveu informar os “campónios” que a fonte de todos os problemas de Mouriscas era o Plano Director Municipal, vulgo PDM. Enfim….são formas de fazer política».
A Contradição Insanável deste comentador não podia ser mais evidente!
Eu também acho que todos os candidatos deveriam ter participado...
Já discordo do apontamento "beato", de que cometi um "pecado" na forma como me teria apresentado. Queria uma humildade, como a concebeu na sua opinião. Mas como eu não havia combinado com ele nada antes, limitei-me a levar a minha humildade...
Agora repare-se, na "humildade" com que o comentador evidencia a sua superior autoridade moral, para falar e exigir aos outros a conduta que não se escusou a apontar, pese o facto de não se considerar mourisquense...
Não gostou que eu apontasse a dedo a razão de todos os males das Mouriscas: o PDM!
Também acredito, que todos os seus familiares já tenham construído casa. Caso contrário, lá o ouviríamos com outra postura...
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Mas a Contradição Insanável, não ficou por aí. Faltou-lhe argumentos que justificassem porque razão não contestava o PDM. Escusado será dizer, que esses argumentos ainda não os tem ou se os tem, prefere "sacrificar" o bem estar e o futuro desenvolvimento da terra para dar um ar "chique" de bom ambientalista... Quiçá, exigir como um outro dos presentes, que não queria mexidas no PDM, porque isso trazia mais construções, mais barulho nas ruas... Blá, blá, blá...
No limite, fazer passar-se por um amigo do ordenamento. Só que ali não há ordenamento.
Bastava verificar que o PDM foi concluído em 1994, aprovado em 1995 e a A-23 , uma auto-estrada sem portagens pagas passou, sensivelmente, a meio da freguesia em 2002!!!
Sete anos antes e sete anos depois da A-23 nas Mouriscas, nada se alterou no PDM que pudesse dar alguma articulação a uma infra-estrutura tão fundamental na vivência local.
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Para azar deste comentador de circunstância, há que referir que os "campónios", como ele com elevada humildade denominou os presentes, à medida que eu ia desenrolando esse nó cego do desajustamento do ordenamento local eles iam acenando afirmativamente com a cabeça.
Aquela estrada de acesso à A-23 quer para Norte, que se abate para cima da rotunda criada sobre os portões da escola, quer para Sul precisava de ser alterada e harmonizada com uma nova zona aedificandi, quanto mais não fosse, para equipamentos industriais ou de suporte comercial, entrepostos, stands de exposição, etc, etc...
POSTOS DE TRABALHO, não sei se isso o sensibiliza ou se mostra apelativo para o "humilde comentador"...
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Não precisam de agradecer a minha presença, porque eu tenho auto-estima suficiente e personalidade para perceber que foi importante todo o debate que tem vindo a suscitar essa minha presença.
Mouriscas não serão mais o pretexto para "os amigos de Peniche" poderem rebolar-se em auto-flagelação, carpindo mágoas ao jeito de quem "fez o mal e a caramunha"...
Em jeito final, poderia deixar esta amostra:
- Em Albufeira, no Algarve, (vide notícias rtp.pt), estão em construção duas escolas feitas com tijolo feito no local, adobe e taipa. Logo, uma boa oportunidade para relançar alguma das 13 cerâmicas locais de outrora, através de um oportuno incentivo na facilidade de licenciamento de novas construções ou reconstruções inscrito no Regulamento do PDM ou reforçado pelas alterações a introduzir em sede do Regulamento Municipal de Licenciamento e Obras...
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PS - Indo ao encontro do que uma das oradores sublinhou com algum incómodo, agora o barro já não obrigava ao sofrimento dos operários na sua extração ou na sua amassadura, - como viu fazer ( e sofrer) o seu avô - porque hoje já há máquinas para fazer esse mesmo trabalho...
REPAREM AGORA, como um cidadão que participou no 25 de Abril de 1974, em nome da LIBERDADE,(como foi o meu caso, então militar...) não pode de maneira alguma ficar indiferente ao que 35 anos depois ainda alguns querem reduzir a LIBERDADE, à defunta lei da rolha, ao delito de opinião e à calúnia, para quem teve o "pecado" - sublinhe-se a sublime hipocrisia do termo escolhido - de não esconder que era candidato autarca, mas com toda a frontalidade o ter assumido e advertindo com esta saída de humor, que sendo muitos dos presentes oriundos do meio ferroviário, certamente que já haviam desembarcado em Santa Apolónia - o símbolo do baptismo contra o chamado "conto do vigário" e da manipulação.
Eu avisei os presentes. Fui claro e frontal!
Não tenho que receber lições de ninguém.
Tomara Mouriscas, que mais candidatos lá tivessem estado...