Em Carvalhal temos um bom exemplo idêntico a outras freguesias: Impediram 30 jovens casais de se fixarem antes de 2001, segundo o próprio presidente de junta, em entrevista ao " Nova Aliança" em Maio de 2001.
Consequências à vista:
- Criou a redução da população escolar em espiral decrescente, daí que a Escola Infantil, hoje com apenas uma dezena de crianças já faz prever o seu encerramento nestes tempos mais próximos;
- Com a escassez de crianças no Infantil faz pressupor que as reduções no 1º ciclo E.Básico virão de seguida, dado o fraco reforço acrescido do Souto e Fontes;
- Era expectável, que só desses 30 jovens casais resultasse hoje, entre 30 a 45 crianças, para já não lhe acrescentar a exclusão de outros jovens que lhes sucederam nas faixas etárias que se lhe seguiram de então para cá;
- Mas o reflexo negativo adquire ainda outra dimensão em espiral, ao fim destes 9 a 10 anos de défice populacional jovem e juvenil:
- Esses 60 adultos e as crianças geradas no decurso destes 10 anos teriam dado uma outra animação ao dia a dia do comércio local e às tarefas no âmbito dos pequenos serviços de conserto, de jardinagem e trabalhos agrícolas, aluguer de máquinas agrícolas e outros serviços, para além do poder de atracção criado noutros jovens que entretanto também acabaram por sair da freguesia e ainda as reduções drásticas, nas receitas municipais, como no IMT, no IMI, nas licenças de urbanização e de construção, nos complementos de equipamentos e de infra-estruturas urbanas decorrentes dessa maior liberdade de construção.
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O actual presidente da Junta, que já vem de 1994, - e que não é em todo o caso o culpado da situação, mesmo atendendo a que foi eleito nas listas do PS de Nelson de Carvalho ( nem o problema do Carvalhal se resolve com a substituição do actual presidente de junta, como eu já tive ocasião de lhe dizer pessoalmente, pois não advogo a perseguição ou a desvolarização das pessoas em função da cor partidária e nele já lhe conheci as cores do PCP...) - quis desvalorizar esta minha crítica feita no " Jornal de Abrantes" de que entretanto ( após 2001 ) já teriam regressado mais de 30 casais ao Carvalhal. Todavia, perante a minha observação, sempre reconheceu que não foram nem de perto nem de longe, esses mesmos 30 casais anteriores a 2001, mas sim outros casais que regressaram à freguesia em resultado de reformas ou dificuldade de novo emprego.
Ora isso só reforça ainda mais a minha opinião de que o PDM regrediu o desenvolvimento da freguesia. Se tivessem cá ficado esses jovens 30 casais agora teríamos já 60 casais e entretanto, talvez outros jovens 30 a 50 casais por cá teriam construído a sua casa. Ao todo, mais de 100 casais, 200 adultos, mais uma centena e meia de filhos e filhas e outra centena e meia dos respectivos companheiros, (genros e noras), e os respectivos descendentes, netos e netas...
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Escusado será dizer, como a perspectiva de futuro seria outra na freguesia.
Não queiram "endeusar" o PDM. Não há benefício algum ambiental diante deste "extermínio" da população rural. Aliás, os impactes negativos ainda ninguém os quis fixar, por "tabu"...
Os orgãos de comunicação social também tudo têm feito para evitar abordar o problema com a necessária profundidade, por temerem melindrar os pseudo ambientalistas, portadores de preconceitos niilistas.
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Esclareça-se que no Carvalhal a nova Igreja oferecida à população por um empresário local, em 2005, teve que esperar mais de dois ou três anos para um destaque e desanexação em parcela de REN ( Reserva Ecológica nacional), até poder ser licenciada. E ainda recentemente, volvidos quatro anos, lemos um despacho camarário a autorizar uma outra desanexação para alargar o espaço para um parque desportivo em redor da dita Igreja.
Mais: todo o espaço envolvente à nova Igreja susceptível de recriar uma nova centralidade, com necessidades para fixação de vários equipamentos urbanos daí decorrentes, está neste momento impossibilitado de fazer aprovar nesse espaço a mais simples obra, o que não se pode tolerar e não abona a favor do desenvolvimento e progresso normal de uma qualquer povoação, como a desta sede de freguesia.
PDM assim NÃO!