SERÁ que os últimos 15 ANOS não lhes chegaram, para verem do que nunca serão capazes de fazer?!
Aquilo no PS é mesmo chover no molhado...
A competitividade do PS esteve por baixo... UM GRANDE BURACO!...
Mas com todo o interesse transcrevo as afirmações da minha adversária Maria do Céu Albuquerque, como se segue:
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- Maria do Céu Albuquerque, candidata à Câmara Municipal de Abrantes, durante a sua intervenção afirmou “ser necessário apostar em factores de diferenciação, para ganharmos a competitividade territorial.
Isso passa por ter recursos humanos qualificados e infra-estruturas de suporte a esta prática empresarial. Falo não só de infra-estruturas materiais, como as áreas de acolhimento, mas também de infra-estruturas imateriais: o conhecimento, a promoção de lógicas colectivas, o aprofundamento do sistema “Via Verde”, para que a relação do empresário com a Câmara seja efectiva, rápida, célere. Com isto, queremos criar bens públicos, que não substituam as lógicas de mercado, mas que corrijam as suas falhas.”
“Quando falamos em competitividade económica”, afirmou a candidata, “falamos necessariamente no desenvolvimento de uma economia baseada no conhecimento. Na incorporação nas empresas, do conhecimento produzido pelas instituições de ensino. Na qualificação de activos, na criação de empresas inovadoras.”
A este propósito, “temos já no terreno um conjunto de infra-estruturas e de programas de apoio a esta dinâmica - da economia do conhecimento - como o Tecnopolo, o Inov.point – incubação, inovação e desenvolvimento empresarial, o Inov.Linea - Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar, mas também a ESTA e a Universidade Aberta”.
“Temos que promover a fixação de jovens quadros no nosso concelho. Há uma semana atrás, no Fórum de Participação anterior, falámos na criação de um Observatório, para acompanhar os nossos jovens que terminem o ensino secundário e que pretendam continuar os seus estudos. Queremos criar condições para que, mais tarde, possam ser recebidos nas empresas do concelho. Criar oportunidades para que aqui realizem os seus estágios ou criem os seus negócios.”
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Resumidamente: uma mão cheia de nada!
As conclusões da Agenda XXI já nos haviam alertado da fraca capacidade das empresas locais em acolherem os nossos jovens quadros recém-formados localmente, pois até desconhecem em grande medida todos os cursos leccionados. E também foi feita uma revelação nos inquéritos que se fizeram no âmbito da Agenda XXI, que dão conta de que os estudantes abrantinos são uma minoria de entre o conjunto de alunos da ESTA! UMA MINORIA!
Portanto, dificuldades acrescidas para essa fixação e ainda o desconhecimento e o divórcio entre as empresas e o ensino local, nomeadamente, com o Politécnico.
O grande culpado: a Câmara Municipal!
Bastava à Câmara que financia o ensino e as instalações do Politécnico/ ESTA e cobra derramas às empresas e beneficia de outros impostos cobrados às ditas, que
criasse incentivos fiscais ou reduções nas taxas, a todas as empresas que empregassem alunos formados no Politécnico ou que os chamassem para acções de formação e estágios.
É por aqui que tem que actuar a Câmara Municipal. O resto é tudo conversa fiada, muito própria da época de eleições. E tanto assim é, que a candidata não disse o que já se fez de concreto, - em termos muito objectivos e aferidos no terreno - limitando-se apenas a enunciar mais um role de boas intenções...
Quanto à chamada "Via Verde" na rápida e célere relação do empresário com a Câmara , falta explicar o reverso, que passa por a Câmara não saber relacionar-se com rapidez e celeridade com os empresários.
Quem é que não tem processos a arrastarem-se anos e anos na Câmara, tirando a Clínica Ofélia, o novo Hotel, o escultor Charters de Almeida ou a Abrantaqua?!
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Relativamente à Economia Social, “é preciso apoiar estas empresas, para revitalizar a economia local. São elas que promovem o emprego de grupos desfavorecidos, nomeadamente com a inserção de pessoas portadoras de deficiência. Criação de bem-estar social. É do que falamos. Estaremos, assim, a lutar contra a exclusão, contra a pobreza, e a promover uma sociedade mais inclusiva.”Sobre o investimento das empresas no concelho, Maria do Céu Albuquerque afirmou a necessidade de prosseguir com a atitude pró-activa, “apresentando aos potenciais investidores, as características do nosso concelho e as capacidades que tem para acolher esses investimentos, nomeadamente terrenos infra-estruturados.”
Infelizmente, as 280 mil micro,pequenas e médias empresas deste país que dão trabalo a 2 milhões de trabalhadores, num universo de quase 5 milhões, não precisam tanto de terrenos infra-estruturados, mas de outras valias e as grandes empresas neste momento, pensam na sua sobrevivência e no seu emagrecimento e não em novos terrenos...
Maria do Céu Albuquerque concluiu a intervenção, vendo na criação do eixo do IC9 “uma oportunidade para fomentar uma ligação estreita a Ponte de Sôr, como porta para o Alentejo. Muito nos une, mas muito mais nos pode unir em termos de desenvolvimento que queremos a nível regional.Da Ponte de Sôr, lembra um pouco o velho ditado que sopra desses lados: " nem bom vento, nem bom casamento..."
”Francisco Madelino, professor do ISCTE e actualmente a desempenhar funções de presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), começou por afirmar “serem os territórios cada vez mais determinantes para a competitividade.” Como factor-chave, “são necessários níveis de capital humano elevados. Isto é, conhecimento.” Mas também, “um forte trabalho em rede, em parceria entre as escolas, as empresas e outras instituições.”Relativamente a Abrantes, “tem que perceber quais são os seus factores de competitividade, numa lógica periférica à Área Metropolitana de Lisboa.”
NEM MAIS PROFESSOR! Lembrava-lhe a MATRIZ da ÁGUA, como a Marca de ABRANTES!Residências em ambiente ecológico, no eixo de S. Lourenço na cidade à E.N. 358 sobranceiras à albufeira, aquela "liberdade de instalação" que Ricardo Florida sublinhava nas "Cidades Criativas" mas que alguns nem querem ouvir, por má consciência com o PDM e outras políticas de crescimento "embrutecido" na cidade, etc, etc...
Em síntese, afirmou ser necessário um “Plano Tecnológico nas autarquias. Que crie e suporte os factores de competitividade. Ainda, um Programa de Novas Oportunidades. E, por fim, uma nova geração de políticas sociais. Abrantes tem estas condições todas: uma estrutura de Politécnico, o Tecnopolo, uma boa infra-estrutura básica de ligação à Europa, e um sector empresarial dinâmico.” Aqui, quanto a este último parágrafo ponho as minhas reservas, nalguns aspectos controversos. Mas adiante!
Porque aqui com o Professor, para começo de conversa, a coisa, já não parece assim tão mal, não senhor...
SÓ QUE A CANDIDATA NÃO PARECEU ENTENDÊ-LO, em nada... Mesmo nada!