Precisamente a meio caminho na estrada de 6 km que desce da E.N.358 a poente do Carvalhal, (na intersecção dos limites das freguesias de Carvalhal, Souto e Aldeia de Mato) e o Paúl fica esta casa em ruínas ( km 2,99).
Entre pinhais, eucaliptais e os últimos olivais e porque não falar também dos recentes olivais já de plantação moderna e com irrigação, como me foi dado ver, facto sempre louvável, aqui ficou esta casa que aparentava grandes dimensões a avaliar pelas ruínas.
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E a questão que se coloca é esta: até que ponto as coisas teriam corrido assim tão mal para que a 3 km da cidade esta casa não tivesse seguimento e continuidade com outras a seu lado?
A CMA ainda há um ano atrás trocou uma urbanização ( Colina do Tejo) por duas quintas ( Vale de Rãs e Vale de Arcas), com a pretensão de criar um corredor verde, num local onde será necessário acudir com uma estrada paralela à já muito sobrecarregada avenida D. João I.
Esse corredor verde do Vale de Rãs e Vale de Arcas irá prolongar-se pela Samarra até S. Lourenço. Não há nada de mal. Apenas será necessário acudir à "sustentabilidade" das obras. Isso vai obrigar a reservar espaço para novas construções para assim se custear esse projecto ambiental.
Todavia, fica sempre em aberto outra situação, até agora desprezada. Trata-se do "pulmão" da cidade que tem a floresta à sua volta, a norte, subindo ao Paúl.
O Posto dos Bombeiros a caminho do Carvalhal, com o Souto e Aldeia de Mato por perto e com as Fontes e Martinchel próximas, é um dado muito importante, a não esquecer.
Se conforme já havia proposto em 2001, a Câmara pugnasse por construir um pequeno Posto dos Bombeiros no Carvalhal, os incêndios de 2003 e 2005 que desceram do Norte até cercarem e entrarem na cidade de Abrantes nunca teriam atingido aquelas proporções ou talvez nunca tivessem existido.
Em cinco minutos se chegava do Carvalhal às Fontes e em dois minutos se chegava do Carvalhal a S. Domingos...
UM crime ambiental imenso e medonho.
As ruínas daqueles casarões foram um sinal de declínio, que ainda hoje não conseguimos interiorizar em toda a sua vasta latitude. Aquele abandono e aquelas ruínas, foram também a nossa miséria e a nossa ruína...
Não há defesa ambiental para esse crime, para esta nossa complacência.
O Ordenamento deixou passar tudo isto em claro. Foi uma estupidez.
O PDM não existe!