Alguém que esteve a meu lado numa lista, permaneceu sempre calado e só agora falou, passados tantos anos, é porque não é pessoa frontal, nem leal ou sincera. Conseguiu andar todos estes anos a ruminar preconceitos em silêncio, ou conspirando nas costas daqueles a quem se dizia amigo ou companheiro. Só agora acabou por se desmascarar. Demorou, mas foi.
A propósito de querer provar o que é manter o rumo, deu um péssimo sinal de que os "sempre em pé" podem não ter o valor que apregoam. Ficam nos partidos, quer seja A ou B ou C o líder, como se para eles, todos lhe fossem indiferentes e só o seu cantinho lhes interessasse. Puro cinismo!
Escrever esta prosa não é de facto, o melhor exemplo para alguém que há muito já devia ter dado o lugar a outros, porque nada se lhe conhece de transcendente ou de valor. Ao fim de tantos anos na obscuridade, certamente, que algo lhe falta para poder subir e continuar a servir outros que com muito menos tempo já o chefiam, pese a advertência que ainda divulgou com tremenda insensatez, de que pode até nem concordar com eles. Então, assuma-se na verticalidade!
Não escreva mais isto:
"As pessoas passam, os partidos e os seus ideais continuam. Posso não estar completamente de acordo com quem dirige o partido, mas, desde que os seus princípios e ideais não estejam em causa, continuo a segui-los.
Dito isto, façamos o contraponto: que credibilidade têm aqueles que mudam de partido conforme as suas conveniências, sejam elas pessoais ou profissionais? Que dizer daqueles que hoje dão a cara por um partido e amanhã se apresentam por outro? Serão os partidos que mudam ou, pelo contrário, são as pessoas que mudam em função dos seus interesses pessoais e profissionais que, muitas vezes, se confundem?"
Dito isto, façamos o contraponto: que credibilidade têm aqueles que mudam de partido conforme as suas conveniências, sejam elas pessoais ou profissionais? Que dizer daqueles que hoje dão a cara por um partido e amanhã se apresentam por outro? Serão os partidos que mudam ou, pelo contrário, são as pessoas que mudam em função dos seus interesses pessoais e profissionais que, muitas vezes, se confundem?"
.
Façamos o contraponto, mas um contraponto objectivo. Alguém que vai continuando no partido indiferente a quem o chefia, não é pessoa com autoridade moral para se pronunciar sobre quem sai. Porque a sua permanência confunde-se com complacência, e muito pouco com fidelidade, pois qualquer um lhe serve e aceita servir.
Ora essa postura, é que é altamente suspeita e reprovável. Por nada deste mundo ele deixa o lugar e até vai alimentando, quiçá, o secreto desejo de por exclusão de outros, acabar ele por "antiguidade" , em primeiro na lista.
Claro que são os partidos que mudam e as pessoas que os lideram que mudam ou fazem mudar os apoios de cada um. Isso é que é normal. O que não é normal é alguém permanecer no seu obscuro lugar secundário, seja A ou B ou C, quem lidera ou chefia a Secção. Porque esse seguidismo, é que é suspeito. Principalmente, quando por vezes, há provas cabais desse seguidismo acabar por ser recompensado com a inclusão na lista de uma pessoa familiar mais próxima e um ou outro amigo, quando se dá o caso de indivíduos desta natureza conseguirem ter amigos.
Quanto a interesses profissionais, nunca fui funcionário político, nem tenho os familiares em cargos públicos, por isso não me vou pronunciar...
Mas, se a queixa é contra alguém que mudou de partido, talvez que fosse tempo dele próprio sair, pois se permaneceu sempre calado quando tinha a seu lado, pessoas vindas de outros partidos, então foi ele, e não os outros quem sempre agiu com pouca frontalidade e nenhuma seriedade pessoal e política. Se os achava suspeitos ou indignos, porque razão se deixou ficar ao lado deles, muito caladinho todos estes anos desde há duas décadas?!
Gente que não se assume, não me merece qualquer respeito. Porque amanhã estará a dizer dos que tem junto de si, precisamente o mesmo que agora invocou.
Curiosamente, nem lhe faltam bons exemplos de quem já veio de um partido ou outro e está nessa mesma candidatura do que ele.
Entre outros, sublinho o facto do líder parlamentar da sua bancada onde tem permanecido em lugar secundário e atrás dele, todos estes anos, que é um claro exemplo de quem veio do MES, passou pelo PRD, antes de ficar pelo PSD. Isto, para não falar do candidato que acompanha, que serviu num outro concelho e até é bem crítico de partidos, do PS e do PSD que em nada os distingue no compadrio, etc, etc...
A atitudes dessa natureza, chama-se falta de carácter! Com gente assim, a política não vai bem. Nãopode ir. Por isso eu lhes dou luta.
Vá para a escola aprender, a não generalizar, sob pena de perpetuar a sua mesquinhez.