Pelos desenhos desses e de outros projectos para obras de interesse colectivo no Souto, nunca cobrei qualquer tostão!
Antes em 1958, a Casa do Povo a que meu avô Martinho Baptista estaria ligado como fundador e secretário geral, tinha a sede junto ao adro. Foram as obras da Sociedade Recreativa e a Rua João Pimenta - um nome com inteira justiça, que foi proposto pelo vereador da Câmara de Abrantes, João Pico em Agosto de 2002, mas que ainda nenhuma Junta de Freguesia (do PS ao PSD), quis inaugurar como tal até hoje - que abriram as portas a esta obra quase toda suportada por privados, era seu presidente José Rodrigues Branco, que seria vereador em Abrantes, entre 1982/85.
Em 1979, João Pico era eleito vice-presidente da Direcção da Casa do Povo, sendo presidente José R. Branco. Ao procurar por essa centena de livros despachados pelo Ministério das Corporações e Previdência Social, que em 1961 chegaram à Casa do Povo do Souto, e que João Pico recebera a incumbência de seu avô de organizar a biblioteca da Casa do Povo, e lá os inventariou e colocou em prateleiras, onde foram requisitados vários anos, foi-lhe respondido que já não existiam livros desse tempo. Nem desse tempo, nem de outro tempo - tudo desaparecera, sem deixar rasto.
É com este freguês do Souto e munícipe abrantino, que foi vereador pelo PSD em 2002 e 2003, que o ex-vereador da Ponte de Sôr declarou à imprensa em Junho último, que "nunca se sentaria à mesa com essa pessoa".
Talvez que os eleitores, lhe satisfaçam esse seu odioso e desclassificado desejo, e não o elejam mesmo como vereador para a Câmara de Abrantes, já não tendo que se sentar à mesa com João Pico.
Que nobreza de carácter.
Se isto é com um antigo vereador, o que não seria com um outro anónimo freguês ou munícipe.
Tenho vergonha, pelo apelido que o candidato usa, pois foi o apelido de honradas figuras de Abrantes.